segunda-feira, 15 de outubro de 2018
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sábado, 5 de agosto de 2017
sexta-feira, 14 de julho de 2017
sexta-feira, 7 de julho de 2017
uinta-feira, 17 de junho de 2010
O PATRONÍMICO SABOYA
O PATRONÍMICO SABÓIA
O patronímico Sabóia, indubitavelmente, pertence a uma das mais antigas famílias de origem italiana das que se radicaram no Brasil. Os autores do “Dicionário das Famílias Brasileiras”, Antônio Henrique Cunha Bueno e Carlos de Almeida Barata, confirmam essa assertiva, ao afirmarem tratar-se de “Antiga e muito importante família de origem italiana estabelecida no Ceará, com ramificações por quase todos os demais estados brasileiros.” Não se sabe as razões que levaram Joseph Baltazar Augery, nascido provavelmente em 1735, no Piemonte, Itália, médico, filho de Gabriel Augery (Augeri) e de Maria Magdalena Bocardi ou (Bocardo), natural da Sardenha, a vir para o Nordeste do Brasil, estabelecendo-se na aprazível Vila de Aracati, situada na Região Jaguaribana, justamente onde o Rio Jaguaribe o maior e mais importante do Ceará, chega ao seu término, despejando as suas águas no Oceano Atlântico. Em Aracati, adquiriu uma fazenda, na qual passou a criar e plantar, que ficou conhecida pela denominação de "Saco do Médico". Os linhagistas acima referidos dizem desconhecer o motivo que fez com que Joseph Baltazar Augery ou Augeri, como é mais conhecido este sobrenome na cidade de Sobral, como se verá, acrescentasse ao seu nome de família, o de Sabóia. Creio que se deveu ao fato de ter nascido no Piemonte, região onde surgiu a Casa Real da Itália, ou seja, Savóia, dando-se como costuma acontecer na nossa língua, o sincretismo, isto é, a troca do v para o b. Casou-se a 24.11.1760, na Capela de Sant’Ana, filial da Matriz de Russas (CE), com Jacinta Barbosa Leite nascida em 1740, igualmente em Russas, filha do Tenente-Coronel Cláudio de Souza Brito, natural da Bahia, e de Francisca Nunes, cearense, natural de Russas, outrora São Bernardo das Russas, de cujo matrimônio houve uma numerosa e ilustre descendência, parte da qual passou a residir na heráldica cidade de Sobral. A 1º de junho (4ª-feira) de 1796, realiza-se na Capela de Aracati, o casamento de VICENTE MARIA CARLOS DE SABÓIA, filho de José Baltazar Augeri e Jacinta Barbosa Leite, que é a mesma Jacinta da Assunção, com Maria Clara da Conceição de Castro e Silva, filha do Capitão-mor José de Castro e Silva e Ana Clara da Silva. Deste casal houve enorme descendência, parte da qual veio residir em Sobral, conforme noticia o Cônego Francisco Sadoc de Araújo, em sua prestigiada “Cronologia Sobralense”, a saber: 1. José Baltazar Augeri de Sabóia, Tenente-Coronel da Guarda Nacional, nascido em Aracati, a 12.07.1800, c. c. Joaquina Figueira de Melo, filha de Jerônimo José Figueira de Melo, natural de Pernambuco e Maria do Livramento Vasconcelos do Monte, a 23 de novembro de 1824, na Capela do Rosário de Sobral, antiga Praça 5 de Julho, hoje Praça Mons. Linhares. A nubente é irmã do Ministro Jerônimo Martiniano Figueira de Melo do Supremo Tribunal de Justiça, primeiro cearense a receber a Grã Cruz da Ordem de Cristo, a mais importante comenda do Império do Brasil, tendo renunciado antes ao Baronato de Sobral, sendo eleito mais tarde Senador do Império. O Coronel José Sabóia e D. Joaquina Figueira de Melo são os pais do famoso Dr. Vicente Cândido de Sabóia, Barão e depois Visconde de Sabóia, com grandeza, Médico de Sua Majestade o Imperador D. Pedro II. 2. Vicente Carlos de Sabóia c. c. Ana Joaquina da Conceição, filha de Alexandre Alves Pereira e Francisca Maria de Menezes, a 12 de maio de 1819, em Sobral, provavelmente na denominada Igreja dos Sabóias, ou seja, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário. 3. Domingos Carlos de Sabóia c. c Ana Carolina de Sabóia e Silva, sua sobrinha, filha do português Custódio José Correia e Silva e Maria Carolina de Sabóia e Silva, a 16 de fevereiro de 1836. 4. Maria Carolina de Sabóia casada com o português Custódio José Correia da Silva, filho de Domingos José Correia e Antônia Teresa de Jesus, a 26 de fevereiro de 1816, na cidade de Sobral. 5. Jacinta Clara de Sabóia c. c. João Guerra Passos. 6. Ângela Sabóia c. c. Antônio de Castro e Silva, seu parente, filho de Antônio José de Castro e Silva e Ana Francisca Domingos da Costa. 7. Teresa de Jesus Maria de Sabóia c. c. seu primo João Sabóia de Castro. 8. Carolina Sancha de Sabóia casada com o seu primo legítimo, Deocleciano Ernesto de Sabóia Melo, na então Província do Rio Grande do Norte – nascendo deste casal o Coronel Ernesto Deocleciano de Albuquerque, que teve induvidosa projeção na vida social, política e comercial da cidade de Sobral. É pai do Dr. José Sabóia de Albuquerque, Magistrado, Industrial e Chefe Político em Sobral, sogro do Senador Plínio Pompeu de Sabóia Magalhães, avô da Senadora Patrícia Mendes Sabóia que foi casada com o ex-governador e Ministro Ciro Gomes. 9. Carlota Maria de Sabóia c. c. José de Sá Leitão, pernambucano, nascendo desta união, o Dr. Antônio Sabóia de Sá Leitão, nascido no Aracati a 21 de setembro de 1842. Foi Promotor de Justiça e Juiz de Direito, tornando-se sacerdote depois da morte de sua mulher. 10. Ana Vicência de Sabóia que se casou com o viúvo de sua predita irmã, José de Sá Leitão. 11. Francisca Emília de Sabóia, ao que tudo indica, faleceu inupta em Aracati ou mesmo em Sobral. Pelo que pude perceber do “Dicionário das Famílias Brasileiras” de Antônio Henrique Cunha Bueno e Carlos de Almeida Barata e do “Dicionário Bio-Bibliográfico” do Barão de Studart, José Baltazar Augeri, filho de Gabriel Augeri e Maria Magdalena Bocardi, teve pelo menos dois filhos, a saber: Vicente Maria Carlos de Sabóia e Luiz Carlos de Sabóia, casado com D.ªIgnácia Maria de Sabóia, pais do Padre Domingos Carlos de Sabóia, ordenado em Olinda, o qual foi Deputado Provincial e Geral por várias legislaturas, sendo, portanto, primo legítimo de Domingos Carlos de Sabóia que se casou em Sobral com a sobrinha, filha de Maria Carolina de Sabóia e Silva, acima referida e trisavó materna do autor deste ensaio genealógico. Os já mencionados autores do Dicionário das Famílias Brasileiras, asseguram que Luiz Carlos de Sabóia, cirurgião licenciado, filho de Joseph Baltazar Augeri, teria sido grande proprietário de terras em Independência, a par de responsável pelo ramo da família Sabóia nos Municípios de Independência e Crateús, antiga Príncipe Imperial, as quais, como se sabe, já pertenceram ao Piauí, passando a integrar o Estado do Ceará, pela permuta que este Estado fez com o do Piauí, com o hoje Município de Luiz Correia, propiciando a este último, uma saída para o mar, extinguindo, assim, a questão de limites entre as duas unidades federadas, sobretudo na Serra da Ibiapaba. Não creio que os Sabóias dos retrocitados municípios sejam descendentes de Luiz Carlos de Sabóia e sim, de seu irmão, Vicente Maria Carlos de Sabóia, decorrendo a c[1]ontrovérsia, em razão do homônimo Domingos Carlos de Sabóia, casado em Sobral, com sua sobrinha, Ana Carolina de Sabóia. O Padre Domingos Carlos de Sabóia [2]nasceu em Aracati a 02 de junho de 1804, ordenado-se sacerdote em Olinda aos 22 anos, tendo sido vigário de Aquiraz e Cascavel, falecendo a 24.06.1862, o qual teve geração com D. Raimunda Carlota Coutinho. Cumpre lembrar que o Cônego Francisco Sadoc de Araújo não faz referência ao dito sacerdote e muito menos a seu genitor, na sua “Cronologia Sobralense”, cujos dados na sua grande maioria foram obtidos junto aos livros de assentos batismais e matrimoniais da Diocese de Sobral, da qual eram integrantes os Municípios de Independência e Crateús, até à criação desta Diocese (Crateús) o que se deu em 28 de setembro de 1963, sendo instalada solenemente com a chegada do seu primeiro bispo, Dom Antônio Batista Fragoso, em 9 de agosto de 1964, tendo, pois, completado 40 anos de existência. Embora seja descendente de José Baltazar Augeri, italiano que aportou na Vila de Aracati, na primeira metade do Século XVIII, antecedendo em cem anos pouco mais ou menos os patrícios seus que vieram para as regiões Sul e Sudeste deste continental País, que se casou na Capela de Sant’ana filial da Matriz de São Bernardo de Russas, neste Estado, com Jacinta Barbosa Leite em 1760. Não almejo destacar todos os membros da Família Sabóia, posto que não passou pela minha mente escrever um tratado genealógico desta distinta grei, mas apenas um ensaio, razão por que irei destacar tão-só os membros da família que tenham relação com a Magistratura, a cujos quadros pertenço há mais de trinta e cinco anos, uma vez que ingressei na Judicatura cearense através de concurso público de provas e de títulos, a 6 de agosto de 1974, passando a compor o Tribunal de Justiça na qualidade de Desembargador, a partir de 12 de junho de 2003, embora a nomeação tenha se dado a 29 de maio do dito ano. Para que se possa aquilatar a dificuldade de se ingressar no Tribunal de Justiça, em especial no Norte e Nordeste do Brasil, basta que se diga que de 1908 até a presente data, apenas três Magistrados Sobralenses foram exitosos, a saber: José Moreira da Rocha (17.06.1908); Francisco Haroldo Rodrigues de Albuquerque (06.1988) e o autor destas linhas a 12.06.2003. Vejamos agora os integrantes da Família Sabóia que por si ou por seus descendentes, exerceram a Magistratura, no Ceará, ou em outros Estados, durante o Império ou na República. Antes de adentrarmos nos Sabóias já originários de Sobral, desejamos reportar-nos aos descendentes de Luís Carlos de Sabóia, irmão de Vicente Maria Carlos de Sabóia, consoante informação constante do “Dicionário das Famílias Brasileiras” entre os quais presumo se achar D. Laurentina Francisca Sabóia de Queiroz casada com João Tomás Ferreira, Capitão da Guarda Nacional e grande agricultor, pais do Dr. Pedro Tomás de Queiroz Ferreira, que nasceu em Cascavel. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife em 1880, tendo como colegas de turma, dentre outros, os cearenses Henrique Domingues da Silva, Manoel do Nascimento Castro e Silva, Francisco de Sales Ribeiro Campos e Antônio Augusto de Vasconcelos, os quais também exerceram a nobilitante função jurisdicional. Regressando à terra natal, é nomeado Promotor Público, exercendo essa função nos Termos de São Bernardo, hoje Russas e de Pacatuba. Na Magistratura, foi Juiz Municipal de Baturité, por seis anos, durante o Império e já na República, em idêntico cargo, na Comarca de Milagres. Foi o último Chefe de Polícia da antiga Província, para cuja chefia, foi novamente conduzido, já proclamada a República. Com a reorganização do Judiciário, por força do Decreto n. 200, durante o Governo do General José Clarindo de Queiroz, por sinal seu parente, foi nomeado Desembargador em 1891, dando-se a posse a 16 de julho do aludido ano. Com a deposição do General Clarindo de Queiroz então Presidente do Estado, foi um dos três Desembargadores, demitidos, única e exclusivamente, por perseguição política, a cujo cargo retornou ao tempo do Coronel Franco Rabelo, que lhe fez justiça. Durante o seu afastamento, passou a dedicar-se às letras, à história e ao estudo da ciência do Direito, missão reconhecida seja por seus conterrâneos, seja por intelectuais de outros Estados, haja vista os títulos de sócio-correspondente dos Institutos Históricos da Bahia e de Minas Gerais. Faleceu a 12 de julho de 1918, aos sessenta e quatro anos de idade, tendo sido lembrado, não como Desembargador, mas como literato e Chefe de Polícia no Império e na República. Os seus pais, João Tomás Ferreira e D. Laurentina Francisca Sabóia de Queiroz, são os avós do Desembargador José Maria de Queirós, Presidente do Tribunal de Justiça do Ceará por duas vezes (1961 e 1969) e Professor de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará. D. Laurentina Francisca Sabóia de Queiroz descendia a exemplo de D. Regina Sabóia de Aragão Mendes, avó materna do autor deste trabalho, de José Baltazar Augeri, filho de Gabriel Augeri e Maria Magdalena Bocardi, italianos que aportaram em Aracati, progenitores de José Baltazar Augeri, pai dos irmãos Vicente Maria Carlos de Sabóia e Luís Carlos de Sabóia, ascendentes da família Sabóia de Sobral e de boa parte da de Aracati. O Dr. Pedro Tomás de Queiroz Ferreira foi o 42º Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. Dr. José Maria de Queirós. Nasceu no Município de Beberibe, em 11 de junho de 1914, sendo seus pais, João Tomás Ferreira Filho e D. Miguelina de Castro Ferreira. Foram seus avós João Tomás Ferreira, Capitão da Guarda Nacional e D. Laurentina Francisca Sabóia de Queiroz, pais do Desembargador Pedro Tomás de Queiroz Ferreira. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Ceará em 1939, de cuja turma fizeram parte, dentre outros, os seguintes Magistrados: Arnóbio Teixeira de Carvalho, Pedro Ubirajara Virgolino Freire, Júlio de Queirós Machado, Zênite Pinto Quezado, Valdemar Alves Pereira, José Freire Modesto Ferraz e Herbert Maratoan Castelo Branco. Ingressou na Magistratura em 5 de junho de 1940, como Juiz Municipal, com exercício no Termo de Cachoeira, hoje Solonópole. Exerceu também a função judicante em Jaguaretama. Com a Lei de Organização Judiciária, foi promovido a Juiz de Direito de 2ª Entrância, com lotação na Comarca de Tauá, da qual foi removido para a de Senador Pompeu, e logo depois para a de Lavras da Mangabeira e a seguir, Iguatu, na qual permaneceu até a sua promoção para a 1ª vara da Comarca do Crato, então de 4ª Entrância, ocorrida a 21 de outubro de 1953, de onde obteve remoção para a Capital, oficiando na 6ª vara Cível. Foi Corregedor Geral da Justiça, na qualidade de Juiz de Direito. A 19 de dezembro de 1956, foi nomeado Desembargador do Tribunal de Justiça, pelo critério de merecimento, em decorrência da criação de mais três vagas, duas para a Magistratura e uma para o quinto constitucional, tendo tomado posse no dia seguinte, juntamente com os Desembargadores Juvêncio Joaquim de Santana e Ubirajara Carneiro. Ocupou como Desembargador, todos os Cargos de Direção do Tribunal de Justiça: Diretor do Fórum Clóvis Beviláqua, Vice-Presidente, Presidente por duas vezes (1961 e 1969) e Corregedor Geral da Justiça (1977). Ministrou por muitos anos a Cadeira de Direito Civil na Faculdade pela qual se bacharelou, onde foi Professor não apenas do autor deste trabalho, mas de inúmeros operadores do Direito. Com o advento da Lei Orgânica da Magistratura, em maio de 1979, houve por bem de requerer voluntariamente a aposentadoria. Do seu casamento com D. Raimunda Malveira de Queirós, nasceu o Dr. Márcio Malveira de Queirós, Promotor de Justiça, já aposentado, certamente militando na advocacia e Professor da Universidade Estadual do Ceará. O Tribunal de Justiça prestou-lhe significativa homenagem, dando o seu honrado nome ao edifício do Fórum de Jucás e ao anexo do Fórum de Cascavel. Acha-se em pleno vigor, tendo completado no dia 11 de junho pretérito 90 (noventa) anos de feliz e profícua existência ao lado de sua distinta família. O Dr. José Maria de Queirós foi o 86º Desembargador do egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. 13. Dr. JOSÉ MAURI MOURA ROCHA. Nasceu na cidade de Caucaia, aos 18 de Janeiro de 1933, sendo seus pais, Manoel Braga da Rocha e D. Luíza Moura Rocha. Fez seus primeiros estudos no Seminário Arquidiocesano de Fortaleza com continuação no Liceu do Ceará, em cujo estabelecimento concluiu o Científico em 1954. É 2º Tenente da Reserva do Exército Brasileiro, por haver cursado o CPOR - Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva (1954 a 1956). Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, em 1959, ano em que se comemorava o centenário de nascimento de Clóvis Beviláqua, incluído entre os mais notáveis jurisconsultos do Brasil, autor do anteprojeto do Código Civil Brasileiro, em vigor desde 1º de janeiro de 1917, cuja turma recebeu o seu nome. Ingressou na Magistratura após aprovação no concurso público a que se submeteu, em 12 de outubro de 1961, sendo nomeado Juiz de Direito da Comarca de Jaguaruana, da qual foi sucessivamente promovido por merecimento para as Comarcas de Itapajé e Russas, passando assim, sete anos no interior do Estado do Ceará. A 9 de outubro de 1968, foi promovido à 4ª Entrância, ou seja, para a Comarca da Capital, sendo designado para oficiar junto à 12ª Vara Cível, de cuja Vara pleiteou e obteve remoção, para a 3ª Vara da Fazenda Pública, aí permanecendo de 19 de setembro de 1977 até à sua promoção para o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, o que se deu a 26 de abril de 1994, na vaga decorrente da aposentadoria do Des. José Barreto de Carvalho. Em 1978 foi nomeado professor de Direito Tributário da Universidade Estadual do Ceará. É portador dos seguintes cursos: Curso de Especialização em Direito Tributário, promovido pela Fundação Getúlio Vargas - Rio de Janeiro; Ciclo de Estudos sobre Direito Tributário do Instituto dos Advogados Brasileiros - Rio de Janeiro; Seminário de Direito Tributário promovido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Escola Superior da Magistratura Nacional; Curso de Alto Nível sobre a Nova Lei de Execuções Fiscais promovido pela Associação dos Juízes Federais do Brasil e Associação Nacional dos Procuradores da República - Rio de Janeiro; Curso de Direito Penal e Penitenciário promovido pelo Instituto de Direito Público e Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas - Rio de Janeiro; Curso de Direito Comparado na Universidade Complutense de Madri, em julho de 1997. Foi membro do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, na categoria de Juiz de Direito (1976 a 1978). Exerceu até à sua posse no cargo de Desembargador, a Presidência da 1ª Turma Recursal do Juizado Especial de Pequenas Causas. Integrou a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça. Foi Vice-Presidente e em seguida Presidente do Egrégio Tribunal Regional Eleitoral. De seu casamento com D. Nadédja Sarquis de Queiroz Rocha, sobrinha legítima do Desembargador José Maria de Queirós e bisneta de João Tomás Ferreira, Capitão da Guarda Nacional e de D. Laurentina Francisca Sabóia de Queiroz, pais do Desembargador Pedro Tomás de Queiroz Ferreira. nasceram quatro filhos, a saber: Carlos Tadeu de Queiroz Rocha, Bacharel em Direito e titular do 2º Cartório do Registro de Imóveis da Comarca de Juazeiro do Norte, Cláudia de Queiroz Rocha Guerreiro, graduada em educação física, tendo residido em Santarém, no Estado do Pará e já agora nesta Capital; Daniel Queiroz Rocha, Bacharel em Direito e titular do Cartório do Registro de Imóveis da Comarca de Quixeramobim, e Manoel Braga Rocha Neto, comerciante. O Dr. José Mauri Moura Rocha foi o 133º Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
José Baltazar Augeri de Sabóia, filho de Vicente Maria Carlos de Sabóia e de Maria Clara da Conceição de Castro e Silva, filha do Capitão-mor de Aracati, José de Castro e Silva e Ana Clara da Silva e neta de Joana Bezerra de Menezes, a matriarca desta família na região jaguaribana, casou-se com Joaquina Inácia Figueira de Melo, filha de Jerônimo José Figueira de Melo e Maria do Livramento Vasconcelos do Monte na Igreja de N. S. do Rosário de Sobral, no dia 23 de novembro de 1824, de cujo enlace, nasceram nove filhos, todos relacionados na “Cronologia Sobralense”, 2º Volume, pp. 152 a 153, cumprindo destacar os seguintes: I - Dr. Antônio Firmo Figueira de Saboia, 3º filho do casal supra, nascido a 14 de outubro de 1828, casado com sua prima legítima, Maria do Livramento Bandeira de Melo, filha de João Pedro da Cunha Bandeira de Melo e Francisca das Chagas, a 7 de maio de 1854, na Matriz. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Academia do Norte do Império, a essa época sediada na cidade de Olinda. Exerceu a Magistratura nas Comarcas de Príncipe Imperial, hoje Crateús, Santana do Acaraú, Maranguape e Sobral, todas no Ceará. Foi nomeado Juiz de Direito de Jaguarão no Rio Grande do Sul, mas não tomou posse, vindo a ocupar por acesso, a Comarca de Desterro, então Capital da Província de Santa Catarina, tendo judicado antes, na de Aracati, no Ceará, cidade natal de seu genitor. Foi Deputado Provincial pelo Ceará e Chefe de Polícia das Províncias de Pernambuco e do Ceará, esta última função, desde 13 de abril de 1889. Já na República, foi nomeado Desembargador da Relação do Ceará, tomando posse a 02.01.1890, sendo posto em disponibilidade no ano seguinte e aposentando-se a 6 de outubro de 1895. Era sobrinho legítimo do Senador e Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Jerônimo Martiniano Figueira de Melo e do Conselheiro João Capistrano Bandeira de Melo, Ex-presidente das Províncias de Alagoas, Paraíba e Minas Gerais. Foi Comendador da Ordem da Rosa, graças aos seus relevantes trabalhos no recenseamento da Província do Piauí, durante o Império. O Desembargador Antônio Firmo Figueira de Saboia era bisneto do Capitão-Mor de Sobral, Manoel José do Monte, pentavô do autor deste trabalho. Faleceu em Sobral a 28 de janeiro de 1902. O Dr. Antônio Firmo Figueira de Sabóia foi o 29º Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. II - D. Joaquina Saboia Bandeira de Melo. 6º filho de José Baltazar Augeri de Saboia e de D. Maria do Livramento Vasconcelos do Monte, c. c. o seu primo, Dr. João Felipe da Cunha Bandeira de Melo, filho do Major João Pedro da Cunha Bandeira de Melo e de D. Francisca das Chagas Figueira de Melo, a 1º de janeiro de 1854, certamente na cidade de Sobral. O Dr. João Felipe da C. B. de Melo nasceu em Sobral, por volta de 1826 a 1828, sendo o 2º filho do supracitado casal. Foram seus avós paternos, João Felipe da Cunha Bandeira de Melo e D. Ignácia dos Santos Salgueiro, naturais do Recife e maternos, o Cel. Jerônimo José Figueira de Melo e D. Maria do Livramento do Monte. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife em 1852. Foram seus colegas de turma os cearenses Francisco de Paula Fernandes Vieira, José Vicente Duarte Brandão e José Liberato Barroso, aracatiense e autor de Letra de Câmbio. De conformidade com o Monsenhor Vicente Martins, em “Homens e Vultos de Sobral”, página 192, o Dr. João Felipe da Cunha Bandeira de Melo, sobrinho e genro de José Baltazar Augeri de Sabóia, era Magistrado, não mencionando o autor em referência a sua filiação e tampouco as Comarcas em que exerceu a função jurisdicional. Os demais dados foram extraídos da “Cronologia Sobralense”, do Padre Francisco Sadoc de Araújo, Vol. II, página 150 a 151. O Dr. João Felipe é sobrinho do Ministro Jerônimo Martiniano Figueira de Melo, do Supremo Tribunal de Justiça, 1º cearense a receber a Grã Cruz da Ordem de Cristo, a mais importante Comenda do Império do Brasil. A sua irmã Maria do Livramento Figueira de Melo, casou-se com o seu primo legítimo, Antônio Firmo Figueira de Saboia, Magistrado de carreira, que foi Desembargador do Tribunal da Relação do Ceará, sendo ambos tios do Dr. José Saboia de Albuquerque, Juiz de Direito na cidade de Sobral por mais de trinta anos, bisavô da Senadora Patrícia Mendes Sabóia, que foi casada com o Dr. Ciro Ferreira Gomes, Prefeito de Fortaleza, Governador do Estado e Ministro da Fazenda, duas vezes candidato à Presidência da República, ocupando no Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério da Integração Nacional, tendo sido na eleição passada o Deputado Federal mais votado do Brasil, proporcionalmente falando, com mais de seiscentos mil votos, todos descendentes como o autor destas linhas, do Capitão-Mor de Sobral, Manuel José do Monte, filho de Gonçalo Ferreira da Ponte e de D. Maria da Conceição do Monte e Silva, natural da Ilha da Madeira, visitada em janeiro de 1998, pelo autor deste trabalho, em companhia dos Juízes de Direito Váldsen da Silva Alves Pereira, Presidente do Instituto dos Magistrados do Ceará e Carlos Rodrigues Feitosa, titular da 30ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, que se fizeram acompanhar de suas respectivas esposas. Dentre os insignes descendentes do Cel. da Guarda Nacional José Baltazar Augeri de Sabóia, acha-se o Desembargador João Pedro Sabóia Bandeira de Melo, que foi Juiz de Direito de Petrópolis e Desembargador no Rio de Janeiro, o qual, ao que tudo indica teve entre os seus progenitores o Dr, João Felipe da Cunha Bandeira de Melo, sobrinho por afinidade e genro do Cel. José Sabóia, nome pelo qual era conhecido na Vila de Sobral que adotou como sua. O Desembargador João Pedro Sabóia Bandeira de Melo é o genitor do 1º Bispo do Município de Palmas no Paraná, D. Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo, cujo centenário foi solenemente celebrado a 1º de julho de 2002, assim narrado por Jerônimo Ferreira Alves Netto no Jornal Tribuna de Petrópolis: CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DO BISPO DE PALMAS, O PETROPOLITANO D. CARLOS EDUARDO SABÓIA BANDEIRA DE MELO.
“Comemora-se este ano o centenário de nascimento de Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo, primeiro bispo da Diocese de Palmas no Paraná. Dom Carlos Eduardo nasceu em Petrópolis, à Rua Paulino Afonso, em l º de julho de 1902, sendo seus pais o desembargador João Pedro Sabóia Bandeira de Melo e D. Carolina Pinheiro Bandeira de Mello. Dom Carlos Eduardo foi o último filho da numerosa família Sabóia Bandeira de Melo, estimadíssima nos meios sociais petropolitanos, já que seu pai aqui exerceu durante longos anos as altas funções de Juiz de Direito, “deixando seu nome impresso em milhares de corações pela probidade e nobreza de sentimentos, amplamente patenteadas no longo exercício de suas altas funções” (1). Caráter forte e esclarecido, o Dr. João Pedro Sabóia Bandeira de Melo sempre primou pela mais perfeita probidade e imparcialidade no exercício de sua magistratura. Católico convicto, fez grande amizade com os religiosos franciscanos de nossa cidade, chegando a pertencer à Ordem Terceira de São Francisco. Dom Carlos Eduardo perdeu o pai com apenas quatro anos de idade e bem cedo sentiu sua inclinação para a vida religiosa, ingressando na Ordem Seráfica. Assim, em 10 de fevereiro de 1911, ingressou no Seminário Seráfico Santo Antônio, em Blumenau, Santa Catarina, onde em seis anos concluiu o Ginásio, entrando em seguida para o noviciado da Ordem Franciscana em Rodeio, no mesmo Estado. Em seguida cursou Filosofia no Convento Bom Jesus, em Curitiba, e logo após Teologia no Convento dos Franciscanos, em Petrópolis, cidade onde foi ordenado sacerdote, em 4 de janeiro de 1925, por Dom Agostinho Benassi, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Foi professor e prefeito do Seminário Seráfico de Rio Negro no Paraná e coadjutor e pregador nas paróquias de rio Negro e Mafra, em Santa Catarina. Eleito definidor provincial da Província da Imaculada Conceição no Brasil, encontrava-se no exercício destas funções, quando, a 1 º de agosto de 1936, foi nomeado administrador apostólico da Prelazia do Senhor Bom Jesus da Coluna dos Campos de Palmas, pelo Papa Pio XII. Foi o segundo prelado de Palmas que abrangia uma área de aproximadamente trinta mil quilômetros, onde habitavam cerca de cem mil almas, entre as quais inúmeros índios já semicivilizados. Inteligência arguta a par de um coração boníssimo, Dom Carlos Eduardo, tornou-se estimadíssimo por seus irmãos de hábito, que nele viam um confrade modelo pela simplicidade e caridade fraterna. A formação do clero lhe mereceu especial atenção, empenhando todo os seus recursos de zelo apostólico na construção do primeiro Seminário de Palmas, inaugurado a 25 de março de 1940, de onde saíram eminentes sacerdotes. Em 13 de dezembro de 1947, em reconhecimento aos relevantes serviços por ele prestados, foi agraciado pela Santa Sé com a nomeação para bispo de Girba, continuando a ser Prelado de Palmas. Sua sagração episcopal ocorreu a 14 de março de 1948, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis, sendo sagrantes o Núncio Apostólico Dom Carlos Chiarlo, acompanhado de Dom Inocêncio Engelhe O.F.M., bispo de Campanha e Dom Antônio Reis, bispo de Santa Maria (RS). Foram padrinhos de sagração seu irmão, Dr. Carlos Sabóia Bandeira de Melo, o Dr. José Vieira Machado, o Comendador Gervásio Seabra e o Dr. Francisco de Castro e Silva. A imponente cerimônia, realizada sob a competente direção de Monsenhor Joaquim Nabuco, que atuou como mestre de cerimônias, foi assistida pelo Príncipe Dom Pedro, chefe da Família Imperial, pelos inúmeros amigos do novo bispo e por seus irmãos franciscanos. Os petropolitanos lhe ofereceram, bem como aos seus familiares, um banquete no Palace Hotel, após o que o novo antístite foi homenageado no Teatro Mariano com discurso do Cel. Hugo Silva e apresentação pela Escola de Cantores dos Teólogos Franciscanos e dos Canarinhos de peças musicais de seu repertório. Por ocasião de sua sagração episcopal, Dom Carlos Eduardo enviou belíssima mensagem aos petropolitanos, um verdadeiro hino de amor a Petrópolis. Disse ele na ocasião: “Agraciado por S.S. o Papa Pio XII, com a altíssima distinção de nomeação para Bispo, dirijo-me por esta folha aos meus conterrâneos, aos filhos desta cidade, que me viu abrir os olhos à luz do dia.
Imerecidamente elevado para ocupar um lugar entre os principais do povo de Deus, não esqueço o povo do qual vim, pelo contrário, tanto mais perto me sinto dele. Foi nesta cidade que nasci, não só para o mundo, mas nasci para Cristo. Pois aqui Deus me redimiu nas águas lustrais do batismo. Aqui recebi as primeiras instruções tanto religiosas como intelectuais. Aqui, na mesa eucarística, recebi o pão dos anjos, Nosso Senhor, na Santa Comunhão. (2) Tribuna de Petrópolis, 14 de março de 1948.
‘Todas esta glórias eu as participo com meus patrícios petropolitanos e tudo isto me liga a eles. Mas foi também aqui que Cristo me sagrou no sacerdócio pela conferição do S. Sacramento da ordem. E quando agora Deus determinou elevar-me ao episcopado, não hesitei, não quis, não cogitei em receber a plenitude do sacerdócio, senão no meio deste mesmo povo que é particularmente meu, porque nascemos neste mesmo berço florido, cidade e jardim ao mesmo tempo’ ... e conclui fazendo um apelo aos petropolitanos: "Na sinceridade do meu afeto por minha cidade apelo para todos vós, que com o maior zelo, fervor e dedicação, sejais firmes na fé de nossos pais, obedientes aos ensinamentos da Santa Madre a Igreja Católica, fiéis ao nosso amantíssimo Papa Pio XII, unidos no amor acendrado que a lei cristã nos impõe na caridade de Cristo que nos foi infundida pelo Divino Espírito Santo” (2).
Com a fundação do Seminário São João Maria Vianney, em Palmas, Dom Carlos Eduardo conseguiu ligar seu nome à vida de centenas de Sacerdotes, que enriqueceram o Clero daquela região. Do mesmo modo, graças ao seu zelo apostólico, foi fundado em 1 º de julho de 1967, o Conselho Pastoral, Educacional e Assistencial (CPEA) responsável pela manutenção da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Palmas, instalada a 11 de novembro de 1968. Espírito modelado pelo de São Francisco, procurou impor-se pela bondade e governar pelo coração, tornando-se merecedor da gratidão e admiração de seus diocesanos de Palmas. A 6 de fevereiro de 1969, Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo entregou sua bondosa alma ao Criador. Foi um petropolitano que construiu uma obra imperecível, que dignifica o seu nome e lhe exalta a figura humana. Por isso, por ocasião da celebração do centenário de seu nascimento, Petrópolis deve colocá-lo na galeria de seus mais altos valores.” III – Cândida Figueira de Saboia filha do Cel. José Baltazar Augeri de Saboia. Casou-se a 9 de janeiro de 1860, com o seu primo legítimo, Dr. Trajano Viriato de Medeiros, filho do Cel. Antônio Viriato de Medeiros e sua Segunda mulher, D. Maria Joaquina Figueira de Melo, ambos sobrinhos do Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Jerônimo Martiniano Figueira de Melo, da 1ª Turma da Academia de Olinda, Presidente das Províncias do Maranhão e do Rio Grande do Sul e Senador do Império. O Dr. Trajano Viriato de Medeiros, sobrinho e genro do Cel. José Baltazar Augeri de Sabóia, nasceu em Sobral em 1839. Foram seus avós paternos, o Dr. José Gonçalves de Medeiros e D. Ana de Melo Muniz e maternos, o Capitão Jerônimo José Figueira de Melo e D. Maria do Livramento de Vasconcelos Monte. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Recife em 1863. Foi Promotor Público e Juiz Municipal de Sobral, Juiz de Direito de Palma, na Província de Goiás e Auditor de Guerra em Porto Alegre e Desembargador da Relação do Rio Grande do Sul. De seu casamento com Cândida Figueira de Sabóia houve os seguintes filhos: D. Maria Saboia da Fonseca Galvão, casada com o Gal. Pedro Paulo da Fonseca Galvão; Dr. Alberto Saboia Viriato de Medeiros, médico; Dr. Trajano Saboia Viriato de Medeiros, Engenheiro Civil, casado com D. Olímpia Oliveira Viriato de Medeiros; D. Cândida Saboia Dutra da Fonseca, casada com o Dr. Joaquim Dutra da Fonseca, sobrinho do Marechal Deodoro da Fonseca; D. Ana Saboia de Medeiros Passos, viúva do Dr. Bento de Passos; D. Elisa Medeiros de Saboia e Silva, viúva de Gustavo Ernesto de Saboia e Silva e o Dr. José Saboia Viriato de Medeiros, Advogado. O Desembargador Trajano Viriato de Medeiros faleceu a 10 de abril de 1911, aos 74 anos de idade. De conformidade com Beviláqua, em sua obra, “História da Faculdade de Direito do Recife”. p. 110, era avô do Embaixador Trajano Viriato de Medeiros do Paço e irmão do Senador do Império João Ernesto Viriato de Medeiros, todos descendentes do Capitão-Mor e Juiz Ordinário de Sobral, Manoel José do Monte, este filho de Gonçalo Ferreira da Ponte e de sua 2ª mulher, D. Maria da Conceição do Monte e Silva, natural da Ilha da Madeira, dos quais descende também o autor destas linhas. Consoante o Barão de Studart é autor da Memória Justificativa do privilégio solicitado para desobstruir e canalizar a parte encachoeirada do rio Taquari até Santa Bárbara, 1888, impresso nas oficinas da Tipografia da Federação, em Porto Alegre. IV – Ana Benvinda Figueira de Saboia casada com o Dr. José Tomé da Silva, nascido em Sobral a 19 de julho de 1841, filho do Comendador João Tomé da Silva e de D. Maria da Penha Frota. Foram seus avós paternos, o português Tomé de Sousa e Silva e Joaquina Maria Pereira da Silva e maternos, Inácio Gomes da Frota e D. Antônia Joaquina Mendes de Vasconcelos, também chamada de Ana Joaquina de Jesus e de Ana Maria da Conceição, pelo Padre Francisco Sadoc de Araújo, in “Cronologia Sobralense”, respectivamente nas páginas 314 do Vol. II, 243, do Vol. I e 256, igualmente do Vol. I, mas indubitavelmente se trata da mesma pessoa, uma vez que a data do casamento é sempre 28 de outubro de 1806. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife em 1865. Casou-se a 11 de janeiro de 1868 com Ana Benvinda Figueira de Saboia, filha do Cel. José Baltazar Augeri de Saboia, que foi Juiz Ordinário e de Órfãos de Sobral, por ato de 20 de dezembro de 1837, tendo sido Vereador e Presidente da Câmara de Sobral que como se sabe, a essa época dirigia os destinos da cidade e de D. Joaquina Ignácia Figueira de Melo. O Mons. Vicente Martins, em sua já mencionada obra, às páginas 251 a 252, afirma ter sido o Dr. José Tomé da Silva, Magistrado, todavia omite as Comarcas em que exerceu a Judicatura. O Magistrado em referência é irmão de D. Jerônimo Tomé da Silva, que foi Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil e do Dr. João Tomé da Silva, Professor Catedrático da Faculdade de Direito do Recife e ex-Presidente das Províncias de Alagoas, Espírito Santo e Santa Catarina, todos trinetos de Mateus Mendes de Vasconcelos, do qual descende também o autor, de quem conserva o patronímico Mendes, conforme Padre Francisco Sadoc de Araújo, em sua notável obra, in Volumes e páginas citados. Ernesto Deocleciano de Albuquerque, nascido em Aracati a 20 de maio de 1841, filho de Deocleciano Ernesto de Sabóia Melo e Carolina Sancha de Sabóia, sendo, portanto, sobrinho legítimo e genro do Cel. José Baltazar Augeri de Sabóia e sua mulher, Joaquina Ignácia Figueira de Melo, como se verá a seguir. Dr. José Sabóia de Albuquerque - Nasceu em Sobral a 6 de agosto de 1871, filho de Ernesto Deocleciano de Albuquerque e de D. Francisca Carolina Figueira de Saboia. Foram seus avós paternos, Deocleciano Ernesto de Saboia Melo e Carolina Sancha de Saboia e maternos, Cel. José Baltazar Augeri de Saboia e D. Joaquina Figueira Bandeira de Melo. Fez o curso primário e parte dos preparatórios em sua cidade natal. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Recife em 19 de setembro de 1891. Depois de exercer interinamente a Promotoria Pública de Sobral, foi nomeado Juiz Substituto dessa Comarca a 2 de maio de 1892, da qual se tornou Juiz de Direito por ato governamental de 14 de agosto de 1899, em cujo cargo permaneceu até 26 de setembro de 1935, quando foi compulsoriamente aposentado por limite de idade. No Governo de seu primo legítimo, Dr. João Tomé de Saboia e Silva, foi nomeado Secretário do Interior e Justiça (1916 a 1918). Casou-se a 28 de novembro de 1893, em Sobral, com D. Maria da Soledade Miranda de Paula Pessoa, filha do Dr. Francisco de Paula Pessoa e de D. Pudenciana Joaquina de Miranda. O Dr. José Saboia de Albuquerque foi durante muito tempo a pessoa de maior influência de sua terra, a heráldica cidade de Sobral, onde detinha em suas mãos o poder político e econômico, pois além de Juiz de Direito, era industrial (maior acionista da Fábrica de Tecidos Ernesto Deocleciano) e por muitos anos, a figura mais expressiva da política sobralense, inclusive durante a redemocratização, tanto que contribuiu decisivamente para a eleição do Desembargador Faustino de Albuquerque ao Governo do Estado e elegeu os genros Plínio Pompeu de Saboia Magalhães e José Maria Mont’Alverne, respectivamente, Senador da República e Suplente. Não foi Desembargador e quiçá Ministro, porque jamais pretendeu deixar a sua terra. Faleceu no Rio de Janeiro a 26 de abril de 1950, sendo mais tarde trasladados os seus restos mortais para Sobral, onde foram sepultados no Cemitério São José, com grande acompanhamento, inclusive, de D. José Tupinambá da Frota, Bispo Conde de Sobral, com quem disputava prestígio, até mesmo político na cidade de Sobral. Conta-se e se acha relatado no livro do jornalista Lustosa da Costa: “Nobreza, Povo e Clero Sobralense”, que D. José no auge da queda de braço que mantinha com o rival, teria dito, do outeiro onde se acha encravada a Catedral: - “A torre da minha Igreja estará sempre acima do telhado do Foro”, que como se sabe, funcionava no edifício da Câmara, justamente numa planície, onde judicava o Dr. José Saboia de Albuquerque. Do enlace matrimonial com D. Maria da Soledade, conhecida na intimidade por D. Sinhá Saboia, nasceram: 01. Evangelina Saboia de Albuquerque, casada com o alemão Teodoro Paulo Ziezemer, a 28 de maio de 1935, sem sucessão. 02. Francisca Saboia de Albuquerque, casada com o seu primo Sérgio Saboia, filho de Adolfo Saboia de Melo e Maria Elisa Figueira de Saboia, a 19 de fevereiro de 1925. 03. Maria da Soledade Saboia de Albuquerque, casada com o Senador Plínio Pompeu de Saboia Magalhães, filho do Dr. João Pompeu de Sousa Magalhães e de D. Jacinta Viriato de Saboia, a 11 de fevereiro de 1928. São os pais de José Saboia Neto, casado com Marli Mendes Saboia, pais de Patrícia Mendes Saboia, que foi casada com o ex-governador e Ministro Ciro Ferreira Gomes, que foi candidato nas duas últimas eleições à Presidência da República pelo Partido Popular Socialista. 04. Dr. Ernesto Miranda Saboia de Albuquerque, Bacharel em Direito e ex-Deputado Federal, tendo sido casado com Fernandina Pereira da Silva, tendo havido sucessão. 05. Pudenciana Saboia de Albuquerque (Nazinha), casada com o Dr. José Maria Mont’Alverne, a 25 de março de 1936, Juiz de Direito Substituto de Sobral, advogado e industrial e ex-Presidente do Grêmio Recreativo Sobralense – Palace Clube. Do casamento em referência, nasceram: Elsie Saboia Mont’Alverne, casada com Martônio Barreto Lima; Marta Saboia Mont’Alverne, casada com Gilberto Napoleão; Paulo César de Saboia Mont’Alverne, advogado, casado com Jaqueline Nepomuceno Mont’Alverne e Glória Giovana de Saboia Mont’Alverne Girão, viúva de Hilton Parente Girão, todos com sucessão. Dentre os irmãos do Dr. José Saboia de Albuquerque, cumpre destacar o Capitalista Vicente Saboia, ex-Deputado Federal, o Dr. Massilon Saboia, renomado médico na então Capital da República e Ernesto Esperidião Saboia de Albuquerque, avô do Ministro Henrique Saboia, titular da Pasta da Marinha, no Governo do Presidente José Sarney. D. Pudenciana Saboia de Albuquerque (Nazinha), filha do Magistrado precedente, casada com o Dr. José Maria Mont’Alverne que nasceu em Sobral a 12 de outubro de 1908, (de 1906, segundo Raimundo Girão, in “História da Faculdade de Direito do Ceará”, p. 254), filho de Antônio Mont’Alverne Filho e de D. Maria Marfisa de Araújo Mont’Alverne. Foram seus avós paternos, Antônio Mont’Alverne e Maria Elisa Bessa Guimarães e maternos, José Lourenço de Araújo e Maria do Carmo Cavalcante. Fez o primário no Colégio Nossa Senhora da Assunção de Sobral, fundado e à época dirigido por D. Maria Jesuína de Albuquerque Rodrigues (D. Mocinha Rodrigues) e o Curso de Humanidades no Colégio Cearense, em Fortaleza. Matriculou-se na Faculdade de Direito do Ceará, a 1º de janeiro de 1930, onde bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais a 08 de dezembro de 1933, sendo Diretor o Professor Dr. Francisco de Meneses Pimentel. Foi Promotor Público e Juiz de Direito Substituto da Comarca de Sobral, nomeado que foi pelo Desembargador Olívio Câmara, substituto eventual do Major Carneiro de Mendonça, então Interventor do Ceará. Casou-se a 25 de março de 1936, com D. Pudenciana Saboia de Albuquerque (Nazinha), filha do Dr. José Saboia de Albuquerque e de D. Maria da Soledade Miranda de Paula Pessoa, conhecida na intimidade por D. Sinhá Saboia, de cujo consórcio houve os seguintes filhos: Elsie Saboia Mont’Alverne, casada com Martônio Barreto Lima; Marta Saboia Mont’Alverne, casada com Gilberto Napoleão; Paulo César de Saboia Mont’Alverne, advogado, casado com Jaqueline Nepomuceno Mont’Alverne e Glória Giovana de Saboia Mont’Alverne Girão, viúva de Hilton Parente Girão, todos com sucessão. O Dr. José Maria Mont’Alverne exerceu também a advocacia, tendo sido industrial e político, porquanto foi eleito Suplente de Senador da República, de cuja senatória era titular o seu concunhado Plínio Pompeu de Saboia Magalhães. O Dr. José Maria Mont’Alverne foi Presidente do Grêmio Recreativo Sobralense – Palace Clube, e sócio do Guarani Esporte Clube, bem como do Carioca Futebol Clube, todos de Sobral. D. Antônia Ernestina Sabóia de Albuquerque, irmã do Dr. José Sabóia de Albuquerque, nascida em Sobral a 13 de julho de 1876, onde se casou a 24 de outubro de 1899, com o Dr. Antônio de Paula Pessoa Figueiredo, filho do Dr. José Antônio de Figueiredo, pernambucano e de D. Antônia Geracina de Paula Pessoa e neto do Senador do Império Francisco de Paula Pessoa e de Francisca Maria Carolina Mesquita da Fonseca, estes, pais do Desembargador Vicente Alves de Paula Pessoa e do Juiz de Direito Tomás Antônio de Paula Pessoa. Deste casamento destaco D. Antonina Sabóia de Albuquerque Figueiredo, que se casou com o Dr. José Olavo de Rodrigues Frota a 4 de janeiro de 1922. O Dr. José Olavo de Rodrigues Frota nasceu em Sobral a 17 de fevereiro de 1896, sendo filho de Estanislau Lúcio Carneiro da Frota e de D. Ana Joaquina Rodrigues de Albuquerque Frota. Foram seus avós paternos, Lúcio Carneiro da Costa e Maria do Carmo Frota e maternos, José Gomes Rodrigues de Albuquerque e sua 3ª mulher, D. Francisca Lopes dos Santos. Fez o primário em sua terra natal, sob a orientação pedagógica do Professor Francisco Frota e o Curso de Humanidades, no Colégio Anchieta dos Jesuítas, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito da Capital da República, então sediada na cidade do Rio de Janeiro, em 1917. Foi Promotor Público de Sobral, Juiz Municipal da Palma, hoje Coreaú, (1922), de Santana do Acaraú (1925) e Juiz de Direito de Crateús, antiga Príncipe Imperial, onde permaneceu de 1932 até a sua promoção para a Comarca do Crato, então de Quarta Entrância, na qual se aposentou com os vencimentos de Desembargador. Casou-se em Sobral a 4 de janeiro de 1922, com D. Antônia Saboia de Figueiredo, filha do Dr. Antônio de Paula Pessoa Figueiredo e de D. Antônia Ernestina Saboia de Albuquerque Figueiredo, neta paterna do Dr. José Antônio de Figueiredo, pernambucano, e de D. Antônia Geracina de Paula Pessoa Figueiredo e materna, do Cel. Ernesto Deocleciano de Albuquerque e de D. Francisca Carolina Saboia de Albuquerque, de tradicionais famílias de Sobral e Aracati. Do consórcio supra, nasceram: Dr. Geraldo de Figueiredo Frota, Odontólogo; Dr. Antônio de Figueiredo Frota, Médico, ambos falecidos e o Dr. João Byron de Figueiredo Frota, Magistrado. O Dr. Olavo Rodrigues Frota, apesar de Magistrado, jamais perdeu o gosto pela política, tratando-se de um homem de idéias avançadas e combativo, tendo atuado no jornalismo, como colaborador dos jornais “A Lucta” de Deolindo Barreto e na “Ordem” de Craveiro Filho, todos de Sobral, bem como nos jornais de nossa Capital e da cidade de Crateús, da qual se tornou filho por adoção, ali granjeando a admiração e o respeito dos crateuenses, tanto que o seu nome foi dado a uma das principais artérias da cidade, o mesmo acontecendo com o Fórum Judiciário. À solenidade de inauguração do edifício do Fórum, compareceram o Des. José Maria de Melo, Presidente do Tribunal de Justiça, bem como diversos Juízes de Direito, Promotores, Advogados e Defensores Públicos, a par das mais representativas figuras da cidade, entre as quais cumpre destacar: o Prefeito Municipal, Dr. Paulo Nazareno Soares Rosa, o Deputado Estadual Manoel Veras, a Deputada Cândida Figueiredo e o marido, Dr. Thomás Figueiredo, o Dr. João Byron de Figueiredo Frota, esposa e filhos, representando a família, o qual também usou da palavra, o Dr. Silvio Ernesto Veras Frota, Vereador de Fortaleza e neto do homenageado, o representante da Ordem dos Advogados do Brasil, da Subseção regional, Dr. José Almir Claudino Sales e também Sua Excelência Reverendíssima, D. Antônio Batista Fragoso, Bispo Diocesano. O autor deste trabalho também esteve presente, tendo feito uso da palavra, na qualidade de vice-presidente da Associação dos Magistrados, na ocasião representando o Presidente, da Associação Cearense de Magistrados - ACM, Desembargador Ernani Barreira Porto. O Dr. Olavo Frota exerceu o magistério tanto em Sobral, quanto em Crateús, muitas vezes gratuitamente, tendo sido ainda um dos fundadores da Escola Técnica de Comércio de Crateús e se não fora o seu acendrado amor por esta cidade, certamente teria alcançado os mais elevados cargos da Magistratura cearense. Aposentou-se com os vencimentos e vantagens do cargo de Desembargador. Dr. João Byron de Figueiredo Frota nascido em Crateús em junho de 1943, filho do casal precedente iniciou sua carreia como Juiz Substituo de Coreaú, também a primeira Comarca de seu saudoso genitor a 25 de novembro de 1971, de onde obteve remoção para a Comarca de Redenção (1972 a 1979), durante a qual respondeu pelos Juízos de Pacatuba, Aracoiaba e Baturité, vindo a se tornar titular da Comarca do Ipu, de 3ª entrância na qual permaneceu (de junho de 1979 a outubro de 1983), em cujo ano alcançou por merecimento a Comarca de Fortaleza, tendo antes de adentrar neste colendo Tribunal, sido convocado por duas vezes, em substituição aos eminentes Desembargadores, José Ari Cisne, Carlos Facundo e José Evandro Nogueira Lima, tendo também judicado nas Zonas Eleitorais do Interior e da Capital, nesta como titular da Terceira. Como estudante universitário exerceu indiscutível liderança, tanto que foi secretário do Centro Acadêmico Clóvis Beviláqua - CACB de nossa Centenária Faculdade de Direito, bem como no Banco do Brasil, emprego dos mais prestigiados brasis a fora e na Presidência de nossa sempre lembrada Associação Cearense de Magistrados, por não menos de três vezes, onde se houve com proficiência e zelo, somados aos mais de 32 anos de judicatura. Ao ingressar no egrégio Tribunal de Justiça a 20 de março de 2003, passou a integrar a 1ª Câmara Cível, obtendo sucessivamente remoção para a 1ª e 2ª Câmaras Criminais. É casado com a Dr.ª Rita Enoy Machado Vale Frota, igualmente natural de Crateús, antiga “Príncipe Imperial”, de cujo consórcio nasceram três filhos, a saber: Danielle Maria Valle Frota, médica, casada com o empresário de turismo, Luís Carlos Nasser Lafuente; Isabelle Maria Valle Frota e José Olavo de Rodrigues Frota Neto, a primeira acadêmica de Direito da UFC e o último Bel em Direito pela UNIFOR. O Dr. João Byron de Figueiredo Frota é o 154º Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. D. Maria Carolina de Sabóia e Silva casada com o português Custódio José Correia e Silva acima referidos, irmã do Cel. José Baltazar Augeri de Sabóia, teve também vários descendentes na Magistratura, como se verá: Dr. Acácio Aragão de Sousa Pinto nasceu em Sobral a 2 de agosto de 1888, sendo filho de Guilhermino Augusto de Sousa Pinto, português, e de D. Amália Saboia Ximenes de Aragão. Foram seus avós paternos, Joaquim Alves de Sousa e Silva e Maria Emília Ferreira Pinto, portugueses e maternos, Manuel Cornélio Ximenes de Aragão e Francisca Cândida Saboia Ximenes de Aragão. Fez o primário em sua terra natal, sob a orientação pedagógica do Professor Joaquim de Andrade Pessoa, seguindo depois para Portugal, onde concluiu os preparatórios. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, abraçando em seguida a Magistratura. Foi por muitos anos Juiz de Direito de Nova Iguaçu, em cuja Comarca recebeu expressiva homenagem, com aposição de seu busto em bronze, no Fórum Itabaiana, com a presença de inúmeros Magistrados, Promotores e Advogados, bem como do Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do então Estado do Rio de Janeiro, Desembargador José Pelini, que na ocasião representava o Presidente da Corte, Desembargador Braga Land. Em um trecho de sua alocução disse o Desembargador José Pelini, que o Tribunal de Justiça estava todo de pé, em homenagem àquele magistrado de imorredoura memória. O Desembargador Acácio Aragão é o patrono da Biblioteca Jurídica do Fórum Itabaiana, como preito de gratidão aos seus relevantes serviços prestados à Comarca de Nova Iguaçu, por sua longa e honrada judicatura. O General Jarbas Cavalcante de Aragão, Professor Catedrático do Colégio Militar do Rio de Janeiro e autor do livro: “Colonização do Nordeste – Os Ximenes de Aragão no Ceará”, traçando o seu perfil biográfico, afirma à p. 183 de sua citada obra, ser ele um verdadeiro VARÃO DE PLUTARCO. Faleceu inupto no Rio de Janeiro a 29 de dezembro de 1967. O Desembargador Acácio Aragão de Sousa Pinto é irmão do Dr. Genserico Aragão de Sousa Pinto, ilustre médico sobralense, radicado no Rio de Janeiro, ambos já falecidos. Sua mãe era irmã de D. Regina Saboia de Aragão Mendes, avó materna do autor destas linhas, bem como de Dona Francisca Saboia de Aragão de Paula Pessoa e Estefânia Saboia de Aragão Albuquerque, respectivamente, avós de Maria da Graça de Paula Pessoa Maia, esposa do Tabelião Roberto Fiusa Maia e do Dr. José Aragão de Albuquerque Júnior, ex-Prefeito de Fortaleza, já falecido. Dr. Eugênio Marinho de Saboia. Nasceu em Sobral a 4 de junho de 1884, sendo filho de José Figueira de Saboia e Silva e de D. Carminda Marinho de Saboia. São seus avós paternos Domingos José de Saboia e Silva e Maria Clara Figueira de Saboia e maternos Manoel Marinho Lopes de Andrade e Maria Carolina de Saboia e Silva. Fez o curso primário com a Professora Rita Maria de Arruda, filha do famoso Professor Vicente Ferreira de Arruda, em Sobral e o Curso de Humanidades no Instituto Pestalozzi, no Recife. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, a 10 de janeiro de 1909, sob a direção do Dr. João Evangelista de Bulhões Carvalho. Ingressou na Magistratura no Governo do Cel. Benjamin Liberato Barroso, sendo nomeado Juiz de Direito de Massapê. Casou-se a 20 de outubro de 1917, com sua prima, Belarmina Marinho de Andrade, filha do Dr. Alfredo Marinho de Andrade e de D. Belarmina Caetana Gondim de Andrade. Faleceu em Sobral, deixando sucessão, a 8 de janeiro de 1940. O Dr. Eugênio Marinho de Andrade descende pelos lados materno e paterno, de Custódio José Correia e Silva (português e Vereador ao tempo do Império, na Câmara de Sobral) e de D. Maria Carolina de Saboia e Silva, trisavó do autor deste trabalho. O Magistrado em alusão é avô da pedagoga Belarmina Saboia Dias Lopes, casada com o Dr. José Alberto Dias Lopes, funcionário aposentado do Banco do Brasil, residentes em Sobral. Dr. Ademar Mendes Bezerra. Nasceu em Sobral, a 23 de abril de 1943, na Praça da Independência, 404, na residência de seus tios Francisco Potiguara da Frota, irmão de D. José Tupinambá da Frota, Bispo Conde de Sobral e Francisca de Aragão Mendes da Frota. Foi registrado como nascido a 26 de abril do dito ano, em Campo Grande, outrora Vila Nova D’el Rei, hoje Guaraciaba do Norte, onde foi gerado e na qual residiam os seus pais, João Bezerra de Menezes e Regina de Aragão Mendes Bezerra. Foram seus avós paternos, Francisco Bezerra de Menezes e Eugênia Martins Passos Bezerra de Menezes e maternos, o Cel. da Guarda Nacional Antônio Enéas Pereira Mendes e Regina Sabóia de Aragão Mendes. Fez as primeiras letras no Educandário São José, estabelecimento de ensino dirigido sucessivamente por D. Onorina Passos, irmã do Mons. Olavo Passos, tios da Desembargadora Águeda Passos Rodrigues Martins e D. Dinorá Thomás Ramos, poetisa e advogada, esposa do intelectual João Ribeiro Ramos, membro das Academias Sobralense e Cearense de Ciências e Letras, pais do Mons. Manfredo Ramos, bem como no Externato Rosa Gatorno, das Irmãs de Santana, tendo estudado também com a Professora Evanir Rodrigues de Araújo (Sherlock). Concluiu o Ginásio no Colégio Estadual D. José Tupinambá da Frota, sucessor do Ginásio Municipal Caiçara, tendo feito o 2º ano no Ginásio São Luís, em Pacoti, dirigido pelos Padres Salvatorianos. Fez o 1º e 2º anos do Curso Científico no Colégio Sobralense e o terceiro no Colégio Estadual Liceu do Ceará, em 1963. Em janeiro de 1965, ingressava na Secretaria da Fazenda por concurso público realizado em setembro de 1964, no Teatro José de Alencar, sob a Presidência do General Edson Ramalho, então Secretário da Fazenda do 1º Governo de Virgílio Távora. De 1965 a 1967 foi residir novamente em Sobral e ali foi Diretor Social e Presidente da Câmara Júnior Internacional, capítulo de Sobral, em substituição ao Prof. José Maximino Barreto Lima. Nesta cidade concluiu o Curso de Contabilidade e ingressou na Faculdade de Filosofia D. José, na qual cursou os dois primeiros anos. Retornando a Fortaleza em 1967, por sugestão do amigo Maximino Barreto, submete-se ao vestibular da Faculdade de Direito em 1968, colando grau em 1972. Na Secretaria da Fazenda foi membro da Auditoria Geral da Fazenda, Diretor da Divisão de Auditoria da Inspetoria Estadual de Finanças, Presidente de inúmeras Comissões de Inquérito e de Sindicância e Julgador de 1ª Instância, nas gestões dos Secretários Cláudio Martins e Josberto Romero de Barros. Participou de diversos cursos promovidos pelos Centros de Treinamento da Secretaria da Fazenda e do Ministério da Fazenda, bem assim do Curso de Técnicas de Auditagem promovido pela Escola de Administração do Ceará. Em 1974, é aprovado nos primeiros lugares no Concurso para Juiz de Direito Substituto, sendo nomeado para a Comarca de Coreaú, tomando posse a 07 de agosto do dito ano de 1974.Bacharelou-se em História, pela Faculdade de Filosofia D. José de Sobral, em 1974, (orador da turma), então agregada à Universidade Federal do Ceará, hoje integrando a Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA, de cuja Universidade foi Professor de Estudos dos Problemas Brasileiros, no curso de Ciências Contábeis. Nessa época Presidiu o Grêmio Recreativo Sobralense – Palace Clube, evitando a demolição do belo edifício e obtendo do então Governador Adauto Bezerra, a palavra de desapropriá-lo para ser a sede do Fórum Dr. José Saboia de Albuquerque de Sobral, promessa, por sinal, cumprida na sua inteireza. Respondeu pelas Comarcas de Granja, Camocim, Mauriti, Caucaia, Pacatuba, Redenção, Aracoiaba, Pacoti e Mulungu, sendo titular das de Missão Velha, São Gonçalo do Amarante, Baturité, 1ª Vara, da Vara Única das Execuções Criminais, Habeas-Corpus e Cumprimento de Precatórias de Fortaleza e posteriormente da 1ª Vara das Execuções, por força da bipartição ocorrida com a Reforma de 1994, a qual em 1998, tornou a ser Vara única. Na Comarca de Fortaleza respondeu por diversas Varas, entre as quais as de delitos de Tráfico e Uso de Substâncias Entorpecentes e nesta qualidade decretou a prisão dos traficantes envolvidos no famigerado caso dos inhames, a maior apreensão de drogas até então verificada no País. Foi Professor de Direito Civil e Processual Penal da Faculdade de Direito do Crato (1978). É Professor de Direito Processual Penal da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, desde setembro de 1986, por concurso público de provas e de títulos, no qual logrou aprovação no 1º lugar, tendo como concorrentes dentre muitos outros, os Professores Cândido Albuquerque, Simone Gadelha Cavalcante, o Desembargador Hugo Pereira, então Juiz de Direito da Fazenda Pública e a Juíza de Direito Lira Ramos. Foi Assessor da Presidência do Tribunal de Justiça em 1977, durante a Administração do Desembargador Antônio Banhos Neto. Corregedor Auxiliar da Corregedoria Regional Eleitoral, Coordenador da Propaganda Eleitoral, nos mandatos do Desembargador José Maria de Melo. No Tribunal Regional Eleitoral, foi ainda Juiz Substituto e titular por dois mandatos, nas administrações dos Desembargadores Edgar Carlos de Amorim, Ernani Barreira Porto e Francisco Haroldo Rodrigues de Albuquerque. Foi Vice Diretor do Fórum Clóvis Beviláqua durante as gestões dos Desembargadores José Ari Cisne e José Maria de Melo, além de Assessor da Presidência do Tribunal de Justiça, de 03 de fevereiro de 1997 a 02.02.1999, sob a Presidência do Desembargador José Maria de Melo. Ocupou relevantes funções de representação estudantil, seja no Centro Estudantal Sobralense, na Polícia Estudantil e no Colégio Sobralense, Faculdade de Filosofia (Vice-Presidente do Diretório) e Faculdade de Direito (Representante Estudantil junto ao Departamento de Direito Público e do Conselho Departamental, função à época da Ditadura, equivalente à de Presidente do Centro Acadêmico, extinto no Governo do Presidente Costa e Silva, salvo engano. Possui os cursos de Especialização em Direito Público e o de Mestrado pela Faculdade de Direito da UFC, bem como os de Direito Comparado pelas Universidades de Miami (1997), Complutense de Madri (1997) e de Coimbra (1998), bem como inúmeros outros cursos promovidos pela Faculdade de Direito, Escola da Magistratura, Instituo Brasileiro de Ciências Criminais, etc. É ex-Vice-Presidente da Associação Cearense de Magistrados, Presidente do Clube dos Magistrados, Tesoureiro e ex-Presidente da ACM. É membro titular e fundador do Instituto dos Magistrados do Ceará, do qual foi o 1º Orador e atualmente é o seu 2º Vice-Presidente. É Professor das Escolas Superiores da Magistratura e do Ministério Público do Estado do Ceará. Recebeu por serviços reputados relevantes, as seguintes homenagens: cidadão honorário das cidades de Coreaú, Missão Velha e Aracoiaba, diploma de honra ao mérito concedido pela Rádio Maciço de Baturité, salas com o seu nome, nos Fóruns das Comarcas de Sobral, Guaraciaba do Norte, Tianguá, Trairi, Redenção, Baturité e Maracanaú, além do Fórum da sua 1ª Comarca, Coreaú, levar o seu nome o que se verifica também com o do Edifício do Fórum da Comarca de Missão Velha. Casou-se com a sua colega de turma, Maria Angélica de Câmara Cardoso, hoje Defensora Pública do 2º Grau, filha de Theotônio de Abreu Cardoso e Adamir de Castro Câmara Cardoso, todos naturais de Baturité, a 18 de dezembro de 1975, na Paróquia de São Vicente de Paulo, sendo celebrantes os sacerdotes sobralenses: Mons. José Aloísio Pinto e Cônego José Inácio Mendes Parente. O casamento civil ocorreu no dia anterior, 17 de dezembro, no Cartório João de Deus, sendo a cerimônia presidida pelo então Meritíssimo Juiz de Direito da 2ª Vara de Família, Dr. José Maria de Melo. Do consórcio em alusão nasceram três filhos, a saber: Valéria Cardoso Mendes Bezerra, a 13 de fevereiro de 1978, Ademar Mendes Bezerra Júnior a 24 de maio de 1979 e Flávia Regina Cardoso Mendes Bezerra, a 06 de janeiro de 1982. Todos são Bacharéis em Direito e já inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil Secção do Ceará, tendo a última participado através de convênio da UNIFOR, do Curso de Direito da Universidade de Salamanca na Espanha. São seus irmãos os Drs.: Antônio Enéas Mendes Bezerra, Professor Titular da UFC e pós-graduado na Universidade de Birmingham, Inglaterra, ex-Diretor do Centro de Ciências e do Instituto de Química da Universidade Federal do Ceará, membro da Royal Society of Chemistry e da Academia Cearense de Ciências; João Alberto Mendes Bezerra, Advogado, ex-Chefe da Assessoria Jurídica da Agência Central do Banco do Nordeste do Brasil e Professor da Universidade de Fortaleza-UNIFOR, pós-graduado na Universidade de Roma; Walmick Mendes Bezerra, Médico-Veterinário, ex-presidente da EMATER-RJ e ex-Subsecretário de Agricultura do Rio de Janeiro, Diretor da Confederação Nacional da Agricultura, Membro da Academia Nacional de Agricultura e da Academia de Medicina Veterinária do Estado do Rio de Janeiro; Carlos Humberto Mendes Bezerra, Economista; Joaquim Severiano Mendes Bezerra, Economista; Mauro Mendes Bezerra, Contador e servidor aposentado do INSS (falecido), Maurício Mendes Bezerra de Menezes, ex Inspetor da Fábrica Nacional de Motores e os comerciantes Gerardo Mendes Bezerra e Francisco Mendes Bezerra, além das Senhoras Wilma Mendes Bezerra Luz, viúva do Dr. Washington Sales Luz e de Regina Maria Mendes Bezerra Maia, viúva de Caetano Martins Maia, Comerciante e Fazendeiro, residente em Nova Russas, todos com ilustre descendência.
OBS.: A família Sabóia radicada no Ceará, obviamente, não integra a casa real italiana, adquiriu dito apelido, em razão de Gabriel Augeri e Seu filho, José Baltazar Augeri serem originários do Piemonte, sede da Casa de Savóia, O Barão e depois Visconde de Sabóia, Médico do Imperador Pedro II, Dr. Vicente Cândido de Sabóia, é folho de José Baltazar Augeri de Sabóia, nascido em Aracati e radicado em Sobral, sendo o avô paterno do Dr. José Sabóia de Albuquerque, bisavô da Senadora Patrícia Lúcia Mendes Sabóia, seu nome de solteira.
Os dados abaixo foram extraídos da Internet, quanto do Livro “Dicionário das Famílias Brasileiras”, de Antônio Henrique Cunha Bueno e Carlos de Almeida Barata, bem assim da Página de Daniel Caetano de Figueiredo na Internet, ilustre estudioso da Família Sabóia, da qual faz parte, a exemplo do autor das supracitadas linhas.
Sobrenome de origem geográfica. Região da França. Em latim Sapaudia, Sabaudia [idade média]. Segundo Gatschet, o nome significa «terra dos pastos»: em patuá za-ú, dsa-ou, nos Alpes e no Jura «pastos»; para desfazer o hiato aparece um p que se transforma em b e este por sua vez em v: Sapaudia, Sabaudia, Savoia [em italiano]. Nome da antiga casa real da Itália, fundada em 1032 por Humberto Biancamano, conde de Sabóia (Antenor Nascentes, II, 269). Região alpina ocidental entre as atuais França e Itália, que do latim Sabaudia, evolui para Savoie e Savoia. O sobrenome indica habitante oriundo dessa região [Ciro Mioranza, Dic. dos sobrenomes italianos, I, 280]. Antiga e muito importante família de origem italiana estabelecida no Ceará, com ramificações por quase todos os demais estados brasileiros. Teve princípio em Joseph Baltazar Augery [c.1735, Piemonti, Itália - ?], médico, filho de Gabriel Augery e de Magdalena Bocardo. Vindo para o Brasil, estabeleceu-se em Aracati (CE), com uma fazenda de criação e plantação, que ficou conhecida por "Saco do Médico". Desconhece-se qual a razão, mas acrescentou ao seu nome de família, o de «Sabóia». Deixou numerosa descendência de seu cas., em 24.11.1760, na Capela de Sant´Ana, filial da Matriz de Russas de Jaguaribe (CE), com Jacinta Barbosa Leite [c.1740, Russas de Jaguaribe, CE - ?], filha do Tenente-Coronel Cláudio de Souza Brito, natural da Bahia, e de Francisca Nunes, natural de Russa, CE. Seus descendentes tiveram parentescos, entre outras, com as seguintes famílias: Palhano de Araújo, Dantas Ribeiro, Severiano Ribeiro, Góis, La Rocca, Frota, Jorge de Souza (v.s.), Soares de Albuquerque, Chacon, Jucá, Azulay, Saraiva, Castro e Silva, Figueira de Melo, Cavalcanti, Viriato de Medeiros, Ferreira de Albuquerque, Mendes de Vasconcelos, Pompeu de Souza Magalhães, Albertino, Fortuna, Praxedes, Gaspar de Oliveira, Queiroz, Bandeira de Melo, Jobim, Guimarães Bonjean, Schmöcker, Azambuja, Mourão, Fonseca Galvão, Dutra da Fonseca, Thomé da Silva, Pereira de Carvalho, Teixeira Belfort, Monte, Marinho de Andrade, Oliveira Gondin, Ximenes de Aragão, Quixadá, Pereira Mendes, Paula Pessoa, Albuquerque e Melo, Castelo Branco, Petit, Taylor e Quadros. Destas uniões, surgiram os seguintes ramos: Palhano Sabóia, Figueira de Sabóia (v.s.), Sabóia de Albuquerque (v.s.), Ribeiro de Assis, e Sabóia da Silva (v.s.). Entre os descendentes deste casal patriarca, registram-se: I - o filho, Dr. Luiz Carlos de Sabóia, cirurgião licenciado. Proprietário de grande terras em Independência, CE. Foi tronco da família Sabóia, de Independência e de Crateús, CE: II - o neto, o deputado, padre Domingos Carlos de Sabóia - cujos detalhes seguem na linha de batina; III - o neto, José Baltazar Augeri de Sabóia [12.7.1800, Aracati, CE - 01.08.1870], oficial da Guarda Nacional. Oficial da Imperial Ordem da Rosa. Proprietário de uma casa comercial na Praça do Mercado [atual Barão do Rio Branco]; IV - o bisneto, Antônio Firmo Figueira de Sabóia [14.10.1828, Sobral, CE - 23.01.1902], bacharel em Direito pela Faculdade do Recife, PE [26.09.1853]. Juiz de Direito de Aracati e de Sobral, ambos no Ceará. Desembargador da Relação de Fortaleza. Chefe de Polícia do Ceará e de Pernambuco. Deputado Provincial. Cavaleiro da Ordem da Rosa; V - o bisneto, Vicente Cândido Figueira de Sabóia, visconde com honras de grandeza de Sabóia - detalhes adiante; VI - o bisneto, Domingos Carlos Gerson de Sabóia [c.1837, CE], bacharel em Direito pela Faculdade do Recife [1861]. Promotor Público em Aracati, Fortaleza e Baturité. Deputado à Assembléia Provincial [1864-1869]; VII - o terceiro neto, João Pedro Figueira de Sabóia [16.11.1860, Sobral, CE - São Paulo, SP], médico. Defendeu tese sobre tuberculose, a 30.09.1884, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; VIII - o quarto neto, Padre José Palhano de Sabóia [07.05.1922, Crateús, CE - c.1988], bacharel em Direito pela Faculdade Cândido Mendes. Prefeito de Sobral [CE]. Deputado Federal. Linha de Batina: Procede grande parte da família Sabóia, do neto, o padre Domingos Carlos de Sabóia [02.06.1804, Aracati - 24.06.1862, Cascavel, CE], ordenado no Seminário de Pernambuco [1826]. Nomeado coadjutor do Vigário de Aquiraz, com residência em Cascavel. Promotor Público da recém-criada Vila de Cascavel [1833]. Vigário Colado da Freguesia de Cascavel [Ato de 11.04.1834]. Deputado provincial [1838-41 e 1846-47]. Deputado à Assembléia Geral Legislativa [1848-1851]. Deixou geração com Raimunda Carlota Coutinho. Nobreza Titular: I - o bisneto daquele casal patriarca, Vicente Cândido Figueira de Sabóia [19.04.1836, Sobral, CE - 18.03.1909, Rio de Janeiro], médico. Doutor em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro [1858]. Opositor da Seção Cirúrgica [1859]. Catedrático de Clínica Cirúrgica [1871]. Diretor da Faculdade de Medicina [1881]. Médico do Paço [1882]. Conselheiro [1884]. Comendador da Ordem de Cristo. Escreveu: Estreitamentos organicos de uretha no Homem - tese para obter o grau de doutor, Rio, 1858; Fracturas complicadas - tese de concurso à Cadeira de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 1871; Cirurgia Contempoânea, Rio; Contribuição para a cirurgia contemporânea, Rio, 1877; e Physiologia obstétrica, Rio, 1862. Foi agraciado, sucessivamente, com os títulos de barão com honras de grandeza de Sabóia [Dec. 06.02.1886]; elevado a Visconde com honras de grandeza de Sabóia [Dec. 11.04.1888]. Deixou geração do seu cas., a 08.06.1861, no Rio de Janeiro, com Luiza Marcondes Jobim [Rio, RJ - 07.07.1918, Rio, RJ], viscondessa de Sabóia, da importante família Jobim (v.s.), do Rio Grande do Sul. Filha do Senador José Martins da Cruz Jobim e de Maria Amália Noronha. Família estabelecida no Ceará. A união dos dois sobrenomes teve princípio em Custódio José Corrêa da Silva [1791, Braga, Portugal- 1879, CE], filho de Domingos José Corrêa e de Antônia de Jesus da Silva. Deixou numerosa descendência de seu cas., em 1816, Sobral (CE), com Maria Carolina de Sabóia, neta de Joseph Baltazar Augery, patriarca da família Sabóia (v.s.), no Ceará. Família estabelecida no Ceará. A união dos dois sobrenomes teve princípio em Deocleciano Ernesto de Albuquerque e Mello [c.1815, Rio Grande do Norte - ?], da importante família Albuquerque e Mello (v.s.), de Pernambuco. Deixou numerosa descendência de seu cas., c.1840, com Carolina Sancha de Sabóia, neta de Joseph Baltazar Augery, patriarca da família Sabóia (v.s.), no Ceará. Entre os descendentes do casal, registram-se: I - o filho, o Coronel Ernesto Deocleciano de Albuquerque [1841-1922], Vice-Pres. da Prov. do Ceará; II - Francisco Sabóia de Albuquerque [18.11.1896, Sobral, CE -], engenheiro civil, diplomado pela Escola Nacional de Engenharia, RJ [1920]. Engenheiro chefe das obras do porto da cidade de Fortaleza, CE. Diretor local das obras da firma Sabóia Albuquerque & Cia., para a construção de um novo ramal de The Great Western of Brazil Ry. Co. Ltd., na Paraíba. Diretor das obras da mesma firma com a Cia. Estrada de Ferro de Mossoró. Chefe de registro, em Pernambuco e Alagoas, do departamento de Obras Contra as Secas. Com geração.
Título nobiliárquico passado por Decreto de 11.04.1888, para um integrante da família Sabóia (v.s.), do Ceará. Título de origem antroponímica, tomado do sobrenome da família. Foi, anteriormente, barão com honras de grandeza de Sabóia [Dec. 06.02.1886]. Título nobiliárquico em uso por casamento. Ver família Jobim (v.s.), do Rio Grande do Sul.
Importante família estabelecida no Ceará, que teve princípio em José Baltazar Augeri de Sabóia [1800, Aracati, CE - 1870], neto de Joseph Baltazar Algery, patriarca da família Sabóia (v.s.), do Ceará. Oficial da Guarda Nacional, Oficial da Imperial Ordem da Rosa. Deixou numerosa descendência de seu cas., em 1824, Sobral (CE), com Joaquina Inácia Figueira de Melo [1803, Sobral, CE - 1873, ídem], quarta neta de Bento Figueira Pinto, patriarca da importante família Figueira de Melo (v.s.), de Ceará. Foram pais do Dr. Vicente Cândido Figueira de Sabóia [1836-1909], Médico do Paço, Cavaleiro da Ordem de Cristo. Agraciado com o título [11.04.1888] de visconde de Sabóia - ver família Sabóia. Foi casado na importante família Jobim (v.s.), do Rio Grande do Sul. Nota: ver separadamente os sobrenomes Figueira e Sabóia.
Ramo da Família Bezerra Monteiro. Importante família do nordeste do Brasil, com ramificações na Bahia, Pernambuco, Sergipee, sobretudo, na Cidade do Crato, Ceará. A união dos dois sobrenomes teve princípio em Bento Rodrigues Bezerra, bisneto de Domingos Bezerra Felpa Barbuda, patriarca da família Bezerra Monteiro (v.s.). Deixou numerosa descendência do seu casamento, c.1690, com Petronilla Velho de Menezes [n.Bahia]. Entre os descendentes de Bento Rodrigues: I - a bisneta, Joana Maria Bezerra de Menezes [29.05.1751 - 30.05.1818], matriarca dos Castro Menezes (v.s.), do Ceará; II - o bisneto, o brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro (de Menezes) [05.12.1740, CE - 1831], capitão-Mor e fundador do Juazeiro. Deixou numerosa descendência do seu casamento com Rosa Josefa do Sacramento, natural do Sergipe, filha do Capitão-Mor Simeão Teles de Menezes e de Luiza Maria da Conceição. Tornaram-se patriarcas dos Bezerra de Menezes e parte dos Teles de Menezes (v.s.), do Estado do Sergipe; III - o terceiro neto, Joaquim Antônio Bezerra de Menezes [11.10.1784, Crato, CE - 13.09.1868, idem], Capitão Mor. COR. Cavaleiro da Ordem do Cruzeiro. Juiz ordinário [08.11.1828]. Deputado estadual [1842-1845]; IV - o quarto neto, Dr. Leandro Bezerra Monteiro [11.06.1826, Crato, CE -15.11.1911, Niterói, RJ], bacharel em Direito, pela faculdade do Recife [PE-1851], deputado Geral em 3 legs. [SE, 1861, 1872; e CE, 1877]. Seus descendentes passaram ao Rio de Janeiro, estabelecendo-se em Paraíba do Sul; V - o quinto neto, Leandro de Chaves de Mello Ratisbona [01.05.1824, Crato, CE - 22.12.1900, Paraíba do Sul, RJ], bacharel em Direito, pela faculdade de Olinda [PE-1853], deputado prov. [CE]; VI - o quinto neto, Dr. José Geraldo Bezerra de Menezes [23.04.1867, Paraíba do Sul, RJ - 29.03.1935, Niterói, RJ], bacharel em Direito, pela faculdade de São Paulo [1892]. Advogou em Paraíba do Sul, região do vale do Paraíba do estado do Rio de Janeiro. Promotor Público em Aracaju [SE]. Fiscal da Inspetora de Seguros, em Niterói; VII - o sexto neto, Geraldo Montedonio Bezerra de Menezes [11.07.1915, Niterói, RJ ], filho do anterior. Advogado, diplomado pela Faculdade de Direito de Nieterói [1936]. Presidente do Centro Fluminense do Est. Jurídico e do C.A. Evaristo da Veiga. Presidente da Quinta e Segunda Junta de Concil. e Julg. do Rio de Janeiro. Procurador do Conselho Nacional do Trabalho. Presidente do Conselho Nacional do Trabalho. Ministro e Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Corregedor Geral da Justiça do Trabalho [1955-59]. Professor de Português e História do Ginásio Bittencourt da Silva e da Faculdade Fluminense do Comércio. Professor de Sociologia da aculdade Fluminense de Medicina. Professor de Noções de Direito e Legislação Social na Escola de Serviço Social do Estado do Rio de Janeiro. Catedrático de Direito Trabalhista da Faculdade de Direito de Niteróis [1957]. Diretor da Faculdade de Direito de Niterói [1957]. Membro da Academia Niteroiense de Letras; da Academia Fluminense de Letras; da Academia Cearense de Letras; do Instituto Histórico de Sergipe e do Instituto Histórico de Petrópolis. Membro do Instituto Brasileiro de Direito do Trabalho; e do Instituto de Direito do Trabalho da Universidade do Litoral, Argentina. Ainda entre os seus descendentes: VIII - o Cadete Francisco Barbosa Bezerra de Menezes, provido no posto de Alferes, para o Corpo de Auxiliares da Capitania de Pernambuco, a 29.07.1789; IX - Francisco de Assis Bezerra de Menezes [06.05.1854, CE -], filho do desembargador Assis Bezerra. Bacharel em Direito pela Faculdade do Recife [PE-1877]. Advogado e professor na Faculdade de Direito do Ceará; e X - José Augusto Bezerra de Menezes [c.1884, RN -], bacharel em Direito pela Faculdade do Recife [PE-1905]. Governador do Rio Grande do Norte [1927]. Representou o Rio Grande do Norte no Congresso nacional, em legislaturas seguidas. Nota: ver separadamente os sobrenomes Bezerra e Menezes.
[1]É irmã de Francisca Cândida de Sabóia, bisavó do autor deste trabalho, quanto de Helvécio de Paula Pessoa Sanford.
[2]O sacerdote em apreço foi aluno do Padre Gonçalo Ignácio de Albuquerque Melo, Mororó, um dos heróis da Confederação do Equador no Ceará, cujos integrantes consideraram decaída a Dinastia Bragantina, quando da Proclamação da República do Icó, donde a execução todos eles na Praça dos Mártires, ou seja, no Passeio Público em Fortaleza.
O patronímico Sabóia, indubitavelmente, pertence a uma das mais antigas famílias de origem italiana das que se radicaram no Brasil. Os autores do “Dicionário das Famílias Brasileiras”, Antônio Henrique Cunha Bueno e Carlos de Almeida Barata, confirmam essa assertiva, ao afirmarem tratar-se de “Antiga e muito importante família de origem italiana estabelecida no Ceará, com ramificações por quase todos os demais estados brasileiros.” Não se sabe as razões que levaram Joseph Baltazar Augery, nascido provavelmente em 1735, no Piemonte, Itália, médico, filho de Gabriel Augery (Augeri) e de Maria Magdalena Bocardi ou (Bocardo), natural da Sardenha, a vir para o Nordeste do Brasil, estabelecendo-se na aprazível Vila de Aracati, situada na Região Jaguaribana, justamente onde o Rio Jaguaribe o maior e mais importante do Ceará, chega ao seu término, despejando as suas águas no Oceano Atlântico. Em Aracati, adquiriu uma fazenda, na qual passou a criar e plantar, que ficou conhecida pela denominação de "Saco do Médico". Os linhagistas acima referidos dizem desconhecer o motivo que fez com que Joseph Baltazar Augery ou Augeri, como é mais conhecido este sobrenome na cidade de Sobral, como se verá, acrescentasse ao seu nome de família, o de Sabóia. Creio que se deveu ao fato de ter nascido no Piemonte, região onde surgiu a Casa Real da Itália, ou seja, Savóia, dando-se como costuma acontecer na nossa língua, o sincretismo, isto é, a troca do v para o b. Casou-se a 24.11.1760, na Capela de Sant’Ana, filial da Matriz de Russas (CE), com Jacinta Barbosa Leite nascida em 1740, igualmente em Russas, filha do Tenente-Coronel Cláudio de Souza Brito, natural da Bahia, e de Francisca Nunes, cearense, natural de Russas, outrora São Bernardo das Russas, de cujo matrimônio houve uma numerosa e ilustre descendência, parte da qual passou a residir na heráldica cidade de Sobral. A 1º de junho (4ª-feira) de 1796, realiza-se na Capela de Aracati, o casamento de VICENTE MARIA CARLOS DE SABÓIA, filho de José Baltazar Augeri e Jacinta Barbosa Leite, que é a mesma Jacinta da Assunção, com Maria Clara da Conceição de Castro e Silva, filha do Capitão-mor José de Castro e Silva e Ana Clara da Silva. Deste casal houve enorme descendência, parte da qual veio residir em Sobral, conforme noticia o Cônego Francisco Sadoc de Araújo, em sua prestigiada “Cronologia Sobralense”, a saber: 1. José Baltazar Augeri de Sabóia, Tenente-Coronel da Guarda Nacional, nascido em Aracati, a 12.07.1800, c. c. Joaquina Figueira de Melo, filha de Jerônimo José Figueira de Melo, natural de Pernambuco e Maria do Livramento Vasconcelos do Monte, a 23 de novembro de 1824, na Capela do Rosário de Sobral, antiga Praça 5 de Julho, hoje Praça Mons. Linhares. A nubente é irmã do Ministro Jerônimo Martiniano Figueira de Melo do Supremo Tribunal de Justiça, primeiro cearense a receber a Grã Cruz da Ordem de Cristo, a mais importante comenda do Império do Brasil, tendo renunciado antes ao Baronato de Sobral, sendo eleito mais tarde Senador do Império. O Coronel José Sabóia e D. Joaquina Figueira de Melo são os pais do famoso Dr. Vicente Cândido de Sabóia, Barão e depois Visconde de Sabóia, com grandeza, Médico de Sua Majestade o Imperador D. Pedro II. 2. Vicente Carlos de Sabóia c. c. Ana Joaquina da Conceição, filha de Alexandre Alves Pereira e Francisca Maria de Menezes, a 12 de maio de 1819, em Sobral, provavelmente na denominada Igreja dos Sabóias, ou seja, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário. 3. Domingos Carlos de Sabóia c. c Ana Carolina de Sabóia e Silva, sua sobrinha, filha do português Custódio José Correia e Silva e Maria Carolina de Sabóia e Silva, a 16 de fevereiro de 1836. 4. Maria Carolina de Sabóia casada com o português Custódio José Correia da Silva, filho de Domingos José Correia e Antônia Teresa de Jesus, a 26 de fevereiro de 1816, na cidade de Sobral. 5. Jacinta Clara de Sabóia c. c. João Guerra Passos. 6. Ângela Sabóia c. c. Antônio de Castro e Silva, seu parente, filho de Antônio José de Castro e Silva e Ana Francisca Domingos da Costa. 7. Teresa de Jesus Maria de Sabóia c. c. seu primo João Sabóia de Castro. 8. Carolina Sancha de Sabóia casada com o seu primo legítimo, Deocleciano Ernesto de Sabóia Melo, na então Província do Rio Grande do Norte – nascendo deste casal o Coronel Ernesto Deocleciano de Albuquerque, que teve induvidosa projeção na vida social, política e comercial da cidade de Sobral. É pai do Dr. José Sabóia de Albuquerque, Magistrado, Industrial e Chefe Político em Sobral, sogro do Senador Plínio Pompeu de Sabóia Magalhães, avô da Senadora Patrícia Mendes Sabóia que foi casada com o ex-governador e Ministro Ciro Gomes. 9. Carlota Maria de Sabóia c. c. José de Sá Leitão, pernambucano, nascendo desta união, o Dr. Antônio Sabóia de Sá Leitão, nascido no Aracati a 21 de setembro de 1842. Foi Promotor de Justiça e Juiz de Direito, tornando-se sacerdote depois da morte de sua mulher. 10. Ana Vicência de Sabóia que se casou com o viúvo de sua predita irmã, José de Sá Leitão. 11. Francisca Emília de Sabóia, ao que tudo indica, faleceu inupta em Aracati ou mesmo em Sobral. Pelo que pude perceber do “Dicionário das Famílias Brasileiras” de Antônio Henrique Cunha Bueno e Carlos de Almeida Barata e do “Dicionário Bio-Bibliográfico” do Barão de Studart, José Baltazar Augeri, filho de Gabriel Augeri e Maria Magdalena Bocardi, teve pelo menos dois filhos, a saber: Vicente Maria Carlos de Sabóia e Luiz Carlos de Sabóia, casado com D.ªIgnácia Maria de Sabóia, pais do Padre Domingos Carlos de Sabóia, ordenado em Olinda, o qual foi Deputado Provincial e Geral por várias legislaturas, sendo, portanto, primo legítimo de Domingos Carlos de Sabóia que se casou em Sobral com a sobrinha, filha de Maria Carolina de Sabóia e Silva, acima referida e trisavó materna do autor deste ensaio genealógico. Os já mencionados autores do Dicionário das Famílias Brasileiras, asseguram que Luiz Carlos de Sabóia, cirurgião licenciado, filho de Joseph Baltazar Augeri, teria sido grande proprietário de terras em Independência, a par de responsável pelo ramo da família Sabóia nos Municípios de Independência e Crateús, antiga Príncipe Imperial, as quais, como se sabe, já pertenceram ao Piauí, passando a integrar o Estado do Ceará, pela permuta que este Estado fez com o do Piauí, com o hoje Município de Luiz Correia, propiciando a este último, uma saída para o mar, extinguindo, assim, a questão de limites entre as duas unidades federadas, sobretudo na Serra da Ibiapaba. Não creio que os Sabóias dos retrocitados municípios sejam descendentes de Luiz Carlos de Sabóia e sim, de seu irmão, Vicente Maria Carlos de Sabóia, decorrendo a c[1]ontrovérsia, em razão do homônimo Domingos Carlos de Sabóia, casado em Sobral, com sua sobrinha, Ana Carolina de Sabóia. O Padre Domingos Carlos de Sabóia [2]nasceu em Aracati a 02 de junho de 1804, ordenado-se sacerdote em Olinda aos 22 anos, tendo sido vigário de Aquiraz e Cascavel, falecendo a 24.06.1862, o qual teve geração com D. Raimunda Carlota Coutinho. Cumpre lembrar que o Cônego Francisco Sadoc de Araújo não faz referência ao dito sacerdote e muito menos a seu genitor, na sua “Cronologia Sobralense”, cujos dados na sua grande maioria foram obtidos junto aos livros de assentos batismais e matrimoniais da Diocese de Sobral, da qual eram integrantes os Municípios de Independência e Crateús, até à criação desta Diocese (Crateús) o que se deu em 28 de setembro de 1963, sendo instalada solenemente com a chegada do seu primeiro bispo, Dom Antônio Batista Fragoso, em 9 de agosto de 1964, tendo, pois, completado 40 anos de existência. Embora seja descendente de José Baltazar Augeri, italiano que aportou na Vila de Aracati, na primeira metade do Século XVIII, antecedendo em cem anos pouco mais ou menos os patrícios seus que vieram para as regiões Sul e Sudeste deste continental País, que se casou na Capela de Sant’ana filial da Matriz de São Bernardo de Russas, neste Estado, com Jacinta Barbosa Leite em 1760. Não almejo destacar todos os membros da Família Sabóia, posto que não passou pela minha mente escrever um tratado genealógico desta distinta grei, mas apenas um ensaio, razão por que irei destacar tão-só os membros da família que tenham relação com a Magistratura, a cujos quadros pertenço há mais de trinta e cinco anos, uma vez que ingressei na Judicatura cearense através de concurso público de provas e de títulos, a 6 de agosto de 1974, passando a compor o Tribunal de Justiça na qualidade de Desembargador, a partir de 12 de junho de 2003, embora a nomeação tenha se dado a 29 de maio do dito ano. Para que se possa aquilatar a dificuldade de se ingressar no Tribunal de Justiça, em especial no Norte e Nordeste do Brasil, basta que se diga que de 1908 até a presente data, apenas três Magistrados Sobralenses foram exitosos, a saber: José Moreira da Rocha (17.06.1908); Francisco Haroldo Rodrigues de Albuquerque (06.1988) e o autor destas linhas a 12.06.2003. Vejamos agora os integrantes da Família Sabóia que por si ou por seus descendentes, exerceram a Magistratura, no Ceará, ou em outros Estados, durante o Império ou na República. Antes de adentrarmos nos Sabóias já originários de Sobral, desejamos reportar-nos aos descendentes de Luís Carlos de Sabóia, irmão de Vicente Maria Carlos de Sabóia, consoante informação constante do “Dicionário das Famílias Brasileiras” entre os quais presumo se achar D. Laurentina Francisca Sabóia de Queiroz casada com João Tomás Ferreira, Capitão da Guarda Nacional e grande agricultor, pais do Dr. Pedro Tomás de Queiroz Ferreira, que nasceu em Cascavel. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife em 1880, tendo como colegas de turma, dentre outros, os cearenses Henrique Domingues da Silva, Manoel do Nascimento Castro e Silva, Francisco de Sales Ribeiro Campos e Antônio Augusto de Vasconcelos, os quais também exerceram a nobilitante função jurisdicional. Regressando à terra natal, é nomeado Promotor Público, exercendo essa função nos Termos de São Bernardo, hoje Russas e de Pacatuba. Na Magistratura, foi Juiz Municipal de Baturité, por seis anos, durante o Império e já na República, em idêntico cargo, na Comarca de Milagres. Foi o último Chefe de Polícia da antiga Província, para cuja chefia, foi novamente conduzido, já proclamada a República. Com a reorganização do Judiciário, por força do Decreto n. 200, durante o Governo do General José Clarindo de Queiroz, por sinal seu parente, foi nomeado Desembargador em 1891, dando-se a posse a 16 de julho do aludido ano. Com a deposição do General Clarindo de Queiroz então Presidente do Estado, foi um dos três Desembargadores, demitidos, única e exclusivamente, por perseguição política, a cujo cargo retornou ao tempo do Coronel Franco Rabelo, que lhe fez justiça. Durante o seu afastamento, passou a dedicar-se às letras, à história e ao estudo da ciência do Direito, missão reconhecida seja por seus conterrâneos, seja por intelectuais de outros Estados, haja vista os títulos de sócio-correspondente dos Institutos Históricos da Bahia e de Minas Gerais. Faleceu a 12 de julho de 1918, aos sessenta e quatro anos de idade, tendo sido lembrado, não como Desembargador, mas como literato e Chefe de Polícia no Império e na República. Os seus pais, João Tomás Ferreira e D. Laurentina Francisca Sabóia de Queiroz, são os avós do Desembargador José Maria de Queirós, Presidente do Tribunal de Justiça do Ceará por duas vezes (1961 e 1969) e Professor de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará. D. Laurentina Francisca Sabóia de Queiroz descendia a exemplo de D. Regina Sabóia de Aragão Mendes, avó materna do autor deste trabalho, de José Baltazar Augeri, filho de Gabriel Augeri e Maria Magdalena Bocardi, italianos que aportaram em Aracati, progenitores de José Baltazar Augeri, pai dos irmãos Vicente Maria Carlos de Sabóia e Luís Carlos de Sabóia, ascendentes da família Sabóia de Sobral e de boa parte da de Aracati. O Dr. Pedro Tomás de Queiroz Ferreira foi o 42º Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. Dr. José Maria de Queirós. Nasceu no Município de Beberibe, em 11 de junho de 1914, sendo seus pais, João Tomás Ferreira Filho e D. Miguelina de Castro Ferreira. Foram seus avós João Tomás Ferreira, Capitão da Guarda Nacional e D. Laurentina Francisca Sabóia de Queiroz, pais do Desembargador Pedro Tomás de Queiroz Ferreira. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Ceará em 1939, de cuja turma fizeram parte, dentre outros, os seguintes Magistrados: Arnóbio Teixeira de Carvalho, Pedro Ubirajara Virgolino Freire, Júlio de Queirós Machado, Zênite Pinto Quezado, Valdemar Alves Pereira, José Freire Modesto Ferraz e Herbert Maratoan Castelo Branco. Ingressou na Magistratura em 5 de junho de 1940, como Juiz Municipal, com exercício no Termo de Cachoeira, hoje Solonópole. Exerceu também a função judicante em Jaguaretama. Com a Lei de Organização Judiciária, foi promovido a Juiz de Direito de 2ª Entrância, com lotação na Comarca de Tauá, da qual foi removido para a de Senador Pompeu, e logo depois para a de Lavras da Mangabeira e a seguir, Iguatu, na qual permaneceu até a sua promoção para a 1ª vara da Comarca do Crato, então de 4ª Entrância, ocorrida a 21 de outubro de 1953, de onde obteve remoção para a Capital, oficiando na 6ª vara Cível. Foi Corregedor Geral da Justiça, na qualidade de Juiz de Direito. A 19 de dezembro de 1956, foi nomeado Desembargador do Tribunal de Justiça, pelo critério de merecimento, em decorrência da criação de mais três vagas, duas para a Magistratura e uma para o quinto constitucional, tendo tomado posse no dia seguinte, juntamente com os Desembargadores Juvêncio Joaquim de Santana e Ubirajara Carneiro. Ocupou como Desembargador, todos os Cargos de Direção do Tribunal de Justiça: Diretor do Fórum Clóvis Beviláqua, Vice-Presidente, Presidente por duas vezes (1961 e 1969) e Corregedor Geral da Justiça (1977). Ministrou por muitos anos a Cadeira de Direito Civil na Faculdade pela qual se bacharelou, onde foi Professor não apenas do autor deste trabalho, mas de inúmeros operadores do Direito. Com o advento da Lei Orgânica da Magistratura, em maio de 1979, houve por bem de requerer voluntariamente a aposentadoria. Do seu casamento com D. Raimunda Malveira de Queirós, nasceu o Dr. Márcio Malveira de Queirós, Promotor de Justiça, já aposentado, certamente militando na advocacia e Professor da Universidade Estadual do Ceará. O Tribunal de Justiça prestou-lhe significativa homenagem, dando o seu honrado nome ao edifício do Fórum de Jucás e ao anexo do Fórum de Cascavel. Acha-se em pleno vigor, tendo completado no dia 11 de junho pretérito 90 (noventa) anos de feliz e profícua existência ao lado de sua distinta família. O Dr. José Maria de Queirós foi o 86º Desembargador do egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. 13. Dr. JOSÉ MAURI MOURA ROCHA. Nasceu na cidade de Caucaia, aos 18 de Janeiro de 1933, sendo seus pais, Manoel Braga da Rocha e D. Luíza Moura Rocha. Fez seus primeiros estudos no Seminário Arquidiocesano de Fortaleza com continuação no Liceu do Ceará, em cujo estabelecimento concluiu o Científico em 1954. É 2º Tenente da Reserva do Exército Brasileiro, por haver cursado o CPOR - Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva (1954 a 1956). Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, em 1959, ano em que se comemorava o centenário de nascimento de Clóvis Beviláqua, incluído entre os mais notáveis jurisconsultos do Brasil, autor do anteprojeto do Código Civil Brasileiro, em vigor desde 1º de janeiro de 1917, cuja turma recebeu o seu nome. Ingressou na Magistratura após aprovação no concurso público a que se submeteu, em 12 de outubro de 1961, sendo nomeado Juiz de Direito da Comarca de Jaguaruana, da qual foi sucessivamente promovido por merecimento para as Comarcas de Itapajé e Russas, passando assim, sete anos no interior do Estado do Ceará. A 9 de outubro de 1968, foi promovido à 4ª Entrância, ou seja, para a Comarca da Capital, sendo designado para oficiar junto à 12ª Vara Cível, de cuja Vara pleiteou e obteve remoção, para a 3ª Vara da Fazenda Pública, aí permanecendo de 19 de setembro de 1977 até à sua promoção para o cargo de Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, o que se deu a 26 de abril de 1994, na vaga decorrente da aposentadoria do Des. José Barreto de Carvalho. Em 1978 foi nomeado professor de Direito Tributário da Universidade Estadual do Ceará. É portador dos seguintes cursos: Curso de Especialização em Direito Tributário, promovido pela Fundação Getúlio Vargas - Rio de Janeiro; Ciclo de Estudos sobre Direito Tributário do Instituto dos Advogados Brasileiros - Rio de Janeiro; Seminário de Direito Tributário promovido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Escola Superior da Magistratura Nacional; Curso de Alto Nível sobre a Nova Lei de Execuções Fiscais promovido pela Associação dos Juízes Federais do Brasil e Associação Nacional dos Procuradores da República - Rio de Janeiro; Curso de Direito Penal e Penitenciário promovido pelo Instituto de Direito Público e Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas - Rio de Janeiro; Curso de Direito Comparado na Universidade Complutense de Madri, em julho de 1997. Foi membro do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, na categoria de Juiz de Direito (1976 a 1978). Exerceu até à sua posse no cargo de Desembargador, a Presidência da 1ª Turma Recursal do Juizado Especial de Pequenas Causas. Integrou a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça. Foi Vice-Presidente e em seguida Presidente do Egrégio Tribunal Regional Eleitoral. De seu casamento com D. Nadédja Sarquis de Queiroz Rocha, sobrinha legítima do Desembargador José Maria de Queirós e bisneta de João Tomás Ferreira, Capitão da Guarda Nacional e de D. Laurentina Francisca Sabóia de Queiroz, pais do Desembargador Pedro Tomás de Queiroz Ferreira. nasceram quatro filhos, a saber: Carlos Tadeu de Queiroz Rocha, Bacharel em Direito e titular do 2º Cartório do Registro de Imóveis da Comarca de Juazeiro do Norte, Cláudia de Queiroz Rocha Guerreiro, graduada em educação física, tendo residido em Santarém, no Estado do Pará e já agora nesta Capital; Daniel Queiroz Rocha, Bacharel em Direito e titular do Cartório do Registro de Imóveis da Comarca de Quixeramobim, e Manoel Braga Rocha Neto, comerciante. O Dr. José Mauri Moura Rocha foi o 133º Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
José Baltazar Augeri de Sabóia, filho de Vicente Maria Carlos de Sabóia e de Maria Clara da Conceição de Castro e Silva, filha do Capitão-mor de Aracati, José de Castro e Silva e Ana Clara da Silva e neta de Joana Bezerra de Menezes, a matriarca desta família na região jaguaribana, casou-se com Joaquina Inácia Figueira de Melo, filha de Jerônimo José Figueira de Melo e Maria do Livramento Vasconcelos do Monte na Igreja de N. S. do Rosário de Sobral, no dia 23 de novembro de 1824, de cujo enlace, nasceram nove filhos, todos relacionados na “Cronologia Sobralense”, 2º Volume, pp. 152 a 153, cumprindo destacar os seguintes: I - Dr. Antônio Firmo Figueira de Saboia, 3º filho do casal supra, nascido a 14 de outubro de 1828, casado com sua prima legítima, Maria do Livramento Bandeira de Melo, filha de João Pedro da Cunha Bandeira de Melo e Francisca das Chagas, a 7 de maio de 1854, na Matriz. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Academia do Norte do Império, a essa época sediada na cidade de Olinda. Exerceu a Magistratura nas Comarcas de Príncipe Imperial, hoje Crateús, Santana do Acaraú, Maranguape e Sobral, todas no Ceará. Foi nomeado Juiz de Direito de Jaguarão no Rio Grande do Sul, mas não tomou posse, vindo a ocupar por acesso, a Comarca de Desterro, então Capital da Província de Santa Catarina, tendo judicado antes, na de Aracati, no Ceará, cidade natal de seu genitor. Foi Deputado Provincial pelo Ceará e Chefe de Polícia das Províncias de Pernambuco e do Ceará, esta última função, desde 13 de abril de 1889. Já na República, foi nomeado Desembargador da Relação do Ceará, tomando posse a 02.01.1890, sendo posto em disponibilidade no ano seguinte e aposentando-se a 6 de outubro de 1895. Era sobrinho legítimo do Senador e Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Jerônimo Martiniano Figueira de Melo e do Conselheiro João Capistrano Bandeira de Melo, Ex-presidente das Províncias de Alagoas, Paraíba e Minas Gerais. Foi Comendador da Ordem da Rosa, graças aos seus relevantes trabalhos no recenseamento da Província do Piauí, durante o Império. O Desembargador Antônio Firmo Figueira de Saboia era bisneto do Capitão-Mor de Sobral, Manoel José do Monte, pentavô do autor deste trabalho. Faleceu em Sobral a 28 de janeiro de 1902. O Dr. Antônio Firmo Figueira de Sabóia foi o 29º Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. II - D. Joaquina Saboia Bandeira de Melo. 6º filho de José Baltazar Augeri de Saboia e de D. Maria do Livramento Vasconcelos do Monte, c. c. o seu primo, Dr. João Felipe da Cunha Bandeira de Melo, filho do Major João Pedro da Cunha Bandeira de Melo e de D. Francisca das Chagas Figueira de Melo, a 1º de janeiro de 1854, certamente na cidade de Sobral. O Dr. João Felipe da C. B. de Melo nasceu em Sobral, por volta de 1826 a 1828, sendo o 2º filho do supracitado casal. Foram seus avós paternos, João Felipe da Cunha Bandeira de Melo e D. Ignácia dos Santos Salgueiro, naturais do Recife e maternos, o Cel. Jerônimo José Figueira de Melo e D. Maria do Livramento do Monte. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife em 1852. Foram seus colegas de turma os cearenses Francisco de Paula Fernandes Vieira, José Vicente Duarte Brandão e José Liberato Barroso, aracatiense e autor de Letra de Câmbio. De conformidade com o Monsenhor Vicente Martins, em “Homens e Vultos de Sobral”, página 192, o Dr. João Felipe da Cunha Bandeira de Melo, sobrinho e genro de José Baltazar Augeri de Sabóia, era Magistrado, não mencionando o autor em referência a sua filiação e tampouco as Comarcas em que exerceu a função jurisdicional. Os demais dados foram extraídos da “Cronologia Sobralense”, do Padre Francisco Sadoc de Araújo, Vol. II, página 150 a 151. O Dr. João Felipe é sobrinho do Ministro Jerônimo Martiniano Figueira de Melo, do Supremo Tribunal de Justiça, 1º cearense a receber a Grã Cruz da Ordem de Cristo, a mais importante Comenda do Império do Brasil. A sua irmã Maria do Livramento Figueira de Melo, casou-se com o seu primo legítimo, Antônio Firmo Figueira de Saboia, Magistrado de carreira, que foi Desembargador do Tribunal da Relação do Ceará, sendo ambos tios do Dr. José Saboia de Albuquerque, Juiz de Direito na cidade de Sobral por mais de trinta anos, bisavô da Senadora Patrícia Mendes Sabóia, que foi casada com o Dr. Ciro Ferreira Gomes, Prefeito de Fortaleza, Governador do Estado e Ministro da Fazenda, duas vezes candidato à Presidência da República, ocupando no Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério da Integração Nacional, tendo sido na eleição passada o Deputado Federal mais votado do Brasil, proporcionalmente falando, com mais de seiscentos mil votos, todos descendentes como o autor destas linhas, do Capitão-Mor de Sobral, Manuel José do Monte, filho de Gonçalo Ferreira da Ponte e de D. Maria da Conceição do Monte e Silva, natural da Ilha da Madeira, visitada em janeiro de 1998, pelo autor deste trabalho, em companhia dos Juízes de Direito Váldsen da Silva Alves Pereira, Presidente do Instituto dos Magistrados do Ceará e Carlos Rodrigues Feitosa, titular da 30ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, que se fizeram acompanhar de suas respectivas esposas. Dentre os insignes descendentes do Cel. da Guarda Nacional José Baltazar Augeri de Sabóia, acha-se o Desembargador João Pedro Sabóia Bandeira de Melo, que foi Juiz de Direito de Petrópolis e Desembargador no Rio de Janeiro, o qual, ao que tudo indica teve entre os seus progenitores o Dr, João Felipe da Cunha Bandeira de Melo, sobrinho por afinidade e genro do Cel. José Sabóia, nome pelo qual era conhecido na Vila de Sobral que adotou como sua. O Desembargador João Pedro Sabóia Bandeira de Melo é o genitor do 1º Bispo do Município de Palmas no Paraná, D. Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo, cujo centenário foi solenemente celebrado a 1º de julho de 2002, assim narrado por Jerônimo Ferreira Alves Netto no Jornal Tribuna de Petrópolis: CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DO BISPO DE PALMAS, O PETROPOLITANO D. CARLOS EDUARDO SABÓIA BANDEIRA DE MELO.
“Comemora-se este ano o centenário de nascimento de Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo, primeiro bispo da Diocese de Palmas no Paraná. Dom Carlos Eduardo nasceu em Petrópolis, à Rua Paulino Afonso, em l º de julho de 1902, sendo seus pais o desembargador João Pedro Sabóia Bandeira de Melo e D. Carolina Pinheiro Bandeira de Mello. Dom Carlos Eduardo foi o último filho da numerosa família Sabóia Bandeira de Melo, estimadíssima nos meios sociais petropolitanos, já que seu pai aqui exerceu durante longos anos as altas funções de Juiz de Direito, “deixando seu nome impresso em milhares de corações pela probidade e nobreza de sentimentos, amplamente patenteadas no longo exercício de suas altas funções” (1). Caráter forte e esclarecido, o Dr. João Pedro Sabóia Bandeira de Melo sempre primou pela mais perfeita probidade e imparcialidade no exercício de sua magistratura. Católico convicto, fez grande amizade com os religiosos franciscanos de nossa cidade, chegando a pertencer à Ordem Terceira de São Francisco. Dom Carlos Eduardo perdeu o pai com apenas quatro anos de idade e bem cedo sentiu sua inclinação para a vida religiosa, ingressando na Ordem Seráfica. Assim, em 10 de fevereiro de 1911, ingressou no Seminário Seráfico Santo Antônio, em Blumenau, Santa Catarina, onde em seis anos concluiu o Ginásio, entrando em seguida para o noviciado da Ordem Franciscana em Rodeio, no mesmo Estado. Em seguida cursou Filosofia no Convento Bom Jesus, em Curitiba, e logo após Teologia no Convento dos Franciscanos, em Petrópolis, cidade onde foi ordenado sacerdote, em 4 de janeiro de 1925, por Dom Agostinho Benassi, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Foi professor e prefeito do Seminário Seráfico de Rio Negro no Paraná e coadjutor e pregador nas paróquias de rio Negro e Mafra, em Santa Catarina. Eleito definidor provincial da Província da Imaculada Conceição no Brasil, encontrava-se no exercício destas funções, quando, a 1 º de agosto de 1936, foi nomeado administrador apostólico da Prelazia do Senhor Bom Jesus da Coluna dos Campos de Palmas, pelo Papa Pio XII. Foi o segundo prelado de Palmas que abrangia uma área de aproximadamente trinta mil quilômetros, onde habitavam cerca de cem mil almas, entre as quais inúmeros índios já semicivilizados. Inteligência arguta a par de um coração boníssimo, Dom Carlos Eduardo, tornou-se estimadíssimo por seus irmãos de hábito, que nele viam um confrade modelo pela simplicidade e caridade fraterna. A formação do clero lhe mereceu especial atenção, empenhando todo os seus recursos de zelo apostólico na construção do primeiro Seminário de Palmas, inaugurado a 25 de março de 1940, de onde saíram eminentes sacerdotes. Em 13 de dezembro de 1947, em reconhecimento aos relevantes serviços por ele prestados, foi agraciado pela Santa Sé com a nomeação para bispo de Girba, continuando a ser Prelado de Palmas. Sua sagração episcopal ocorreu a 14 de março de 1948, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis, sendo sagrantes o Núncio Apostólico Dom Carlos Chiarlo, acompanhado de Dom Inocêncio Engelhe O.F.M., bispo de Campanha e Dom Antônio Reis, bispo de Santa Maria (RS). Foram padrinhos de sagração seu irmão, Dr. Carlos Sabóia Bandeira de Melo, o Dr. José Vieira Machado, o Comendador Gervásio Seabra e o Dr. Francisco de Castro e Silva. A imponente cerimônia, realizada sob a competente direção de Monsenhor Joaquim Nabuco, que atuou como mestre de cerimônias, foi assistida pelo Príncipe Dom Pedro, chefe da Família Imperial, pelos inúmeros amigos do novo bispo e por seus irmãos franciscanos. Os petropolitanos lhe ofereceram, bem como aos seus familiares, um banquete no Palace Hotel, após o que o novo antístite foi homenageado no Teatro Mariano com discurso do Cel. Hugo Silva e apresentação pela Escola de Cantores dos Teólogos Franciscanos e dos Canarinhos de peças musicais de seu repertório. Por ocasião de sua sagração episcopal, Dom Carlos Eduardo enviou belíssima mensagem aos petropolitanos, um verdadeiro hino de amor a Petrópolis. Disse ele na ocasião: “Agraciado por S.S. o Papa Pio XII, com a altíssima distinção de nomeação para Bispo, dirijo-me por esta folha aos meus conterrâneos, aos filhos desta cidade, que me viu abrir os olhos à luz do dia.
Imerecidamente elevado para ocupar um lugar entre os principais do povo de Deus, não esqueço o povo do qual vim, pelo contrário, tanto mais perto me sinto dele. Foi nesta cidade que nasci, não só para o mundo, mas nasci para Cristo. Pois aqui Deus me redimiu nas águas lustrais do batismo. Aqui recebi as primeiras instruções tanto religiosas como intelectuais. Aqui, na mesa eucarística, recebi o pão dos anjos, Nosso Senhor, na Santa Comunhão. (2) Tribuna de Petrópolis, 14 de março de 1948.
‘Todas esta glórias eu as participo com meus patrícios petropolitanos e tudo isto me liga a eles. Mas foi também aqui que Cristo me sagrou no sacerdócio pela conferição do S. Sacramento da ordem. E quando agora Deus determinou elevar-me ao episcopado, não hesitei, não quis, não cogitei em receber a plenitude do sacerdócio, senão no meio deste mesmo povo que é particularmente meu, porque nascemos neste mesmo berço florido, cidade e jardim ao mesmo tempo’ ... e conclui fazendo um apelo aos petropolitanos: "Na sinceridade do meu afeto por minha cidade apelo para todos vós, que com o maior zelo, fervor e dedicação, sejais firmes na fé de nossos pais, obedientes aos ensinamentos da Santa Madre a Igreja Católica, fiéis ao nosso amantíssimo Papa Pio XII, unidos no amor acendrado que a lei cristã nos impõe na caridade de Cristo que nos foi infundida pelo Divino Espírito Santo” (2).
Com a fundação do Seminário São João Maria Vianney, em Palmas, Dom Carlos Eduardo conseguiu ligar seu nome à vida de centenas de Sacerdotes, que enriqueceram o Clero daquela região. Do mesmo modo, graças ao seu zelo apostólico, foi fundado em 1 º de julho de 1967, o Conselho Pastoral, Educacional e Assistencial (CPEA) responsável pela manutenção da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Palmas, instalada a 11 de novembro de 1968. Espírito modelado pelo de São Francisco, procurou impor-se pela bondade e governar pelo coração, tornando-se merecedor da gratidão e admiração de seus diocesanos de Palmas. A 6 de fevereiro de 1969, Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo entregou sua bondosa alma ao Criador. Foi um petropolitano que construiu uma obra imperecível, que dignifica o seu nome e lhe exalta a figura humana. Por isso, por ocasião da celebração do centenário de seu nascimento, Petrópolis deve colocá-lo na galeria de seus mais altos valores.” III – Cândida Figueira de Saboia filha do Cel. José Baltazar Augeri de Saboia. Casou-se a 9 de janeiro de 1860, com o seu primo legítimo, Dr. Trajano Viriato de Medeiros, filho do Cel. Antônio Viriato de Medeiros e sua Segunda mulher, D. Maria Joaquina Figueira de Melo, ambos sobrinhos do Ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Jerônimo Martiniano Figueira de Melo, da 1ª Turma da Academia de Olinda, Presidente das Províncias do Maranhão e do Rio Grande do Sul e Senador do Império. O Dr. Trajano Viriato de Medeiros, sobrinho e genro do Cel. José Baltazar Augeri de Sabóia, nasceu em Sobral em 1839. Foram seus avós paternos, o Dr. José Gonçalves de Medeiros e D. Ana de Melo Muniz e maternos, o Capitão Jerônimo José Figueira de Melo e D. Maria do Livramento de Vasconcelos Monte. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Recife em 1863. Foi Promotor Público e Juiz Municipal de Sobral, Juiz de Direito de Palma, na Província de Goiás e Auditor de Guerra em Porto Alegre e Desembargador da Relação do Rio Grande do Sul. De seu casamento com Cândida Figueira de Sabóia houve os seguintes filhos: D. Maria Saboia da Fonseca Galvão, casada com o Gal. Pedro Paulo da Fonseca Galvão; Dr. Alberto Saboia Viriato de Medeiros, médico; Dr. Trajano Saboia Viriato de Medeiros, Engenheiro Civil, casado com D. Olímpia Oliveira Viriato de Medeiros; D. Cândida Saboia Dutra da Fonseca, casada com o Dr. Joaquim Dutra da Fonseca, sobrinho do Marechal Deodoro da Fonseca; D. Ana Saboia de Medeiros Passos, viúva do Dr. Bento de Passos; D. Elisa Medeiros de Saboia e Silva, viúva de Gustavo Ernesto de Saboia e Silva e o Dr. José Saboia Viriato de Medeiros, Advogado. O Desembargador Trajano Viriato de Medeiros faleceu a 10 de abril de 1911, aos 74 anos de idade. De conformidade com Beviláqua, em sua obra, “História da Faculdade de Direito do Recife”. p. 110, era avô do Embaixador Trajano Viriato de Medeiros do Paço e irmão do Senador do Império João Ernesto Viriato de Medeiros, todos descendentes do Capitão-Mor e Juiz Ordinário de Sobral, Manoel José do Monte, este filho de Gonçalo Ferreira da Ponte e de sua 2ª mulher, D. Maria da Conceição do Monte e Silva, natural da Ilha da Madeira, dos quais descende também o autor destas linhas. Consoante o Barão de Studart é autor da Memória Justificativa do privilégio solicitado para desobstruir e canalizar a parte encachoeirada do rio Taquari até Santa Bárbara, 1888, impresso nas oficinas da Tipografia da Federação, em Porto Alegre. IV – Ana Benvinda Figueira de Saboia casada com o Dr. José Tomé da Silva, nascido em Sobral a 19 de julho de 1841, filho do Comendador João Tomé da Silva e de D. Maria da Penha Frota. Foram seus avós paternos, o português Tomé de Sousa e Silva e Joaquina Maria Pereira da Silva e maternos, Inácio Gomes da Frota e D. Antônia Joaquina Mendes de Vasconcelos, também chamada de Ana Joaquina de Jesus e de Ana Maria da Conceição, pelo Padre Francisco Sadoc de Araújo, in “Cronologia Sobralense”, respectivamente nas páginas 314 do Vol. II, 243, do Vol. I e 256, igualmente do Vol. I, mas indubitavelmente se trata da mesma pessoa, uma vez que a data do casamento é sempre 28 de outubro de 1806. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife em 1865. Casou-se a 11 de janeiro de 1868 com Ana Benvinda Figueira de Saboia, filha do Cel. José Baltazar Augeri de Saboia, que foi Juiz Ordinário e de Órfãos de Sobral, por ato de 20 de dezembro de 1837, tendo sido Vereador e Presidente da Câmara de Sobral que como se sabe, a essa época dirigia os destinos da cidade e de D. Joaquina Ignácia Figueira de Melo. O Mons. Vicente Martins, em sua já mencionada obra, às páginas 251 a 252, afirma ter sido o Dr. José Tomé da Silva, Magistrado, todavia omite as Comarcas em que exerceu a Judicatura. O Magistrado em referência é irmão de D. Jerônimo Tomé da Silva, que foi Arcebispo da Bahia e Primaz do Brasil e do Dr. João Tomé da Silva, Professor Catedrático da Faculdade de Direito do Recife e ex-Presidente das Províncias de Alagoas, Espírito Santo e Santa Catarina, todos trinetos de Mateus Mendes de Vasconcelos, do qual descende também o autor, de quem conserva o patronímico Mendes, conforme Padre Francisco Sadoc de Araújo, em sua notável obra, in Volumes e páginas citados. Ernesto Deocleciano de Albuquerque, nascido em Aracati a 20 de maio de 1841, filho de Deocleciano Ernesto de Sabóia Melo e Carolina Sancha de Sabóia, sendo, portanto, sobrinho legítimo e genro do Cel. José Baltazar Augeri de Sabóia e sua mulher, Joaquina Ignácia Figueira de Melo, como se verá a seguir. Dr. José Sabóia de Albuquerque - Nasceu em Sobral a 6 de agosto de 1871, filho de Ernesto Deocleciano de Albuquerque e de D. Francisca Carolina Figueira de Saboia. Foram seus avós paternos, Deocleciano Ernesto de Saboia Melo e Carolina Sancha de Saboia e maternos, Cel. José Baltazar Augeri de Saboia e D. Joaquina Figueira Bandeira de Melo. Fez o curso primário e parte dos preparatórios em sua cidade natal. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Recife em 19 de setembro de 1891. Depois de exercer interinamente a Promotoria Pública de Sobral, foi nomeado Juiz Substituto dessa Comarca a 2 de maio de 1892, da qual se tornou Juiz de Direito por ato governamental de 14 de agosto de 1899, em cujo cargo permaneceu até 26 de setembro de 1935, quando foi compulsoriamente aposentado por limite de idade. No Governo de seu primo legítimo, Dr. João Tomé de Saboia e Silva, foi nomeado Secretário do Interior e Justiça (1916 a 1918). Casou-se a 28 de novembro de 1893, em Sobral, com D. Maria da Soledade Miranda de Paula Pessoa, filha do Dr. Francisco de Paula Pessoa e de D. Pudenciana Joaquina de Miranda. O Dr. José Saboia de Albuquerque foi durante muito tempo a pessoa de maior influência de sua terra, a heráldica cidade de Sobral, onde detinha em suas mãos o poder político e econômico, pois além de Juiz de Direito, era industrial (maior acionista da Fábrica de Tecidos Ernesto Deocleciano) e por muitos anos, a figura mais expressiva da política sobralense, inclusive durante a redemocratização, tanto que contribuiu decisivamente para a eleição do Desembargador Faustino de Albuquerque ao Governo do Estado e elegeu os genros Plínio Pompeu de Saboia Magalhães e José Maria Mont’Alverne, respectivamente, Senador da República e Suplente. Não foi Desembargador e quiçá Ministro, porque jamais pretendeu deixar a sua terra. Faleceu no Rio de Janeiro a 26 de abril de 1950, sendo mais tarde trasladados os seus restos mortais para Sobral, onde foram sepultados no Cemitério São José, com grande acompanhamento, inclusive, de D. José Tupinambá da Frota, Bispo Conde de Sobral, com quem disputava prestígio, até mesmo político na cidade de Sobral. Conta-se e se acha relatado no livro do jornalista Lustosa da Costa: “Nobreza, Povo e Clero Sobralense”, que D. José no auge da queda de braço que mantinha com o rival, teria dito, do outeiro onde se acha encravada a Catedral: - “A torre da minha Igreja estará sempre acima do telhado do Foro”, que como se sabe, funcionava no edifício da Câmara, justamente numa planície, onde judicava o Dr. José Saboia de Albuquerque. Do enlace matrimonial com D. Maria da Soledade, conhecida na intimidade por D. Sinhá Saboia, nasceram: 01. Evangelina Saboia de Albuquerque, casada com o alemão Teodoro Paulo Ziezemer, a 28 de maio de 1935, sem sucessão. 02. Francisca Saboia de Albuquerque, casada com o seu primo Sérgio Saboia, filho de Adolfo Saboia de Melo e Maria Elisa Figueira de Saboia, a 19 de fevereiro de 1925. 03. Maria da Soledade Saboia de Albuquerque, casada com o Senador Plínio Pompeu de Saboia Magalhães, filho do Dr. João Pompeu de Sousa Magalhães e de D. Jacinta Viriato de Saboia, a 11 de fevereiro de 1928. São os pais de José Saboia Neto, casado com Marli Mendes Saboia, pais de Patrícia Mendes Saboia, que foi casada com o ex-governador e Ministro Ciro Ferreira Gomes, que foi candidato nas duas últimas eleições à Presidência da República pelo Partido Popular Socialista. 04. Dr. Ernesto Miranda Saboia de Albuquerque, Bacharel em Direito e ex-Deputado Federal, tendo sido casado com Fernandina Pereira da Silva, tendo havido sucessão. 05. Pudenciana Saboia de Albuquerque (Nazinha), casada com o Dr. José Maria Mont’Alverne, a 25 de março de 1936, Juiz de Direito Substituto de Sobral, advogado e industrial e ex-Presidente do Grêmio Recreativo Sobralense – Palace Clube. Do casamento em referência, nasceram: Elsie Saboia Mont’Alverne, casada com Martônio Barreto Lima; Marta Saboia Mont’Alverne, casada com Gilberto Napoleão; Paulo César de Saboia Mont’Alverne, advogado, casado com Jaqueline Nepomuceno Mont’Alverne e Glória Giovana de Saboia Mont’Alverne Girão, viúva de Hilton Parente Girão, todos com sucessão. Dentre os irmãos do Dr. José Saboia de Albuquerque, cumpre destacar o Capitalista Vicente Saboia, ex-Deputado Federal, o Dr. Massilon Saboia, renomado médico na então Capital da República e Ernesto Esperidião Saboia de Albuquerque, avô do Ministro Henrique Saboia, titular da Pasta da Marinha, no Governo do Presidente José Sarney. D. Pudenciana Saboia de Albuquerque (Nazinha), filha do Magistrado precedente, casada com o Dr. José Maria Mont’Alverne que nasceu em Sobral a 12 de outubro de 1908, (de 1906, segundo Raimundo Girão, in “História da Faculdade de Direito do Ceará”, p. 254), filho de Antônio Mont’Alverne Filho e de D. Maria Marfisa de Araújo Mont’Alverne. Foram seus avós paternos, Antônio Mont’Alverne e Maria Elisa Bessa Guimarães e maternos, José Lourenço de Araújo e Maria do Carmo Cavalcante. Fez o primário no Colégio Nossa Senhora da Assunção de Sobral, fundado e à época dirigido por D. Maria Jesuína de Albuquerque Rodrigues (D. Mocinha Rodrigues) e o Curso de Humanidades no Colégio Cearense, em Fortaleza. Matriculou-se na Faculdade de Direito do Ceará, a 1º de janeiro de 1930, onde bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais a 08 de dezembro de 1933, sendo Diretor o Professor Dr. Francisco de Meneses Pimentel. Foi Promotor Público e Juiz de Direito Substituto da Comarca de Sobral, nomeado que foi pelo Desembargador Olívio Câmara, substituto eventual do Major Carneiro de Mendonça, então Interventor do Ceará. Casou-se a 25 de março de 1936, com D. Pudenciana Saboia de Albuquerque (Nazinha), filha do Dr. José Saboia de Albuquerque e de D. Maria da Soledade Miranda de Paula Pessoa, conhecida na intimidade por D. Sinhá Saboia, de cujo consórcio houve os seguintes filhos: Elsie Saboia Mont’Alverne, casada com Martônio Barreto Lima; Marta Saboia Mont’Alverne, casada com Gilberto Napoleão; Paulo César de Saboia Mont’Alverne, advogado, casado com Jaqueline Nepomuceno Mont’Alverne e Glória Giovana de Saboia Mont’Alverne Girão, viúva de Hilton Parente Girão, todos com sucessão. O Dr. José Maria Mont’Alverne exerceu também a advocacia, tendo sido industrial e político, porquanto foi eleito Suplente de Senador da República, de cuja senatória era titular o seu concunhado Plínio Pompeu de Saboia Magalhães. O Dr. José Maria Mont’Alverne foi Presidente do Grêmio Recreativo Sobralense – Palace Clube, e sócio do Guarani Esporte Clube, bem como do Carioca Futebol Clube, todos de Sobral. D. Antônia Ernestina Sabóia de Albuquerque, irmã do Dr. José Sabóia de Albuquerque, nascida em Sobral a 13 de julho de 1876, onde se casou a 24 de outubro de 1899, com o Dr. Antônio de Paula Pessoa Figueiredo, filho do Dr. José Antônio de Figueiredo, pernambucano e de D. Antônia Geracina de Paula Pessoa e neto do Senador do Império Francisco de Paula Pessoa e de Francisca Maria Carolina Mesquita da Fonseca, estes, pais do Desembargador Vicente Alves de Paula Pessoa e do Juiz de Direito Tomás Antônio de Paula Pessoa. Deste casamento destaco D. Antonina Sabóia de Albuquerque Figueiredo, que se casou com o Dr. José Olavo de Rodrigues Frota a 4 de janeiro de 1922. O Dr. José Olavo de Rodrigues Frota nasceu em Sobral a 17 de fevereiro de 1896, sendo filho de Estanislau Lúcio Carneiro da Frota e de D. Ana Joaquina Rodrigues de Albuquerque Frota. Foram seus avós paternos, Lúcio Carneiro da Costa e Maria do Carmo Frota e maternos, José Gomes Rodrigues de Albuquerque e sua 3ª mulher, D. Francisca Lopes dos Santos. Fez o primário em sua terra natal, sob a orientação pedagógica do Professor Francisco Frota e o Curso de Humanidades, no Colégio Anchieta dos Jesuítas, em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito da Capital da República, então sediada na cidade do Rio de Janeiro, em 1917. Foi Promotor Público de Sobral, Juiz Municipal da Palma, hoje Coreaú, (1922), de Santana do Acaraú (1925) e Juiz de Direito de Crateús, antiga Príncipe Imperial, onde permaneceu de 1932 até a sua promoção para a Comarca do Crato, então de Quarta Entrância, na qual se aposentou com os vencimentos de Desembargador. Casou-se em Sobral a 4 de janeiro de 1922, com D. Antônia Saboia de Figueiredo, filha do Dr. Antônio de Paula Pessoa Figueiredo e de D. Antônia Ernestina Saboia de Albuquerque Figueiredo, neta paterna do Dr. José Antônio de Figueiredo, pernambucano, e de D. Antônia Geracina de Paula Pessoa Figueiredo e materna, do Cel. Ernesto Deocleciano de Albuquerque e de D. Francisca Carolina Saboia de Albuquerque, de tradicionais famílias de Sobral e Aracati. Do consórcio supra, nasceram: Dr. Geraldo de Figueiredo Frota, Odontólogo; Dr. Antônio de Figueiredo Frota, Médico, ambos falecidos e o Dr. João Byron de Figueiredo Frota, Magistrado. O Dr. Olavo Rodrigues Frota, apesar de Magistrado, jamais perdeu o gosto pela política, tratando-se de um homem de idéias avançadas e combativo, tendo atuado no jornalismo, como colaborador dos jornais “A Lucta” de Deolindo Barreto e na “Ordem” de Craveiro Filho, todos de Sobral, bem como nos jornais de nossa Capital e da cidade de Crateús, da qual se tornou filho por adoção, ali granjeando a admiração e o respeito dos crateuenses, tanto que o seu nome foi dado a uma das principais artérias da cidade, o mesmo acontecendo com o Fórum Judiciário. À solenidade de inauguração do edifício do Fórum, compareceram o Des. José Maria de Melo, Presidente do Tribunal de Justiça, bem como diversos Juízes de Direito, Promotores, Advogados e Defensores Públicos, a par das mais representativas figuras da cidade, entre as quais cumpre destacar: o Prefeito Municipal, Dr. Paulo Nazareno Soares Rosa, o Deputado Estadual Manoel Veras, a Deputada Cândida Figueiredo e o marido, Dr. Thomás Figueiredo, o Dr. João Byron de Figueiredo Frota, esposa e filhos, representando a família, o qual também usou da palavra, o Dr. Silvio Ernesto Veras Frota, Vereador de Fortaleza e neto do homenageado, o representante da Ordem dos Advogados do Brasil, da Subseção regional, Dr. José Almir Claudino Sales e também Sua Excelência Reverendíssima, D. Antônio Batista Fragoso, Bispo Diocesano. O autor deste trabalho também esteve presente, tendo feito uso da palavra, na qualidade de vice-presidente da Associação dos Magistrados, na ocasião representando o Presidente, da Associação Cearense de Magistrados - ACM, Desembargador Ernani Barreira Porto. O Dr. Olavo Frota exerceu o magistério tanto em Sobral, quanto em Crateús, muitas vezes gratuitamente, tendo sido ainda um dos fundadores da Escola Técnica de Comércio de Crateús e se não fora o seu acendrado amor por esta cidade, certamente teria alcançado os mais elevados cargos da Magistratura cearense. Aposentou-se com os vencimentos e vantagens do cargo de Desembargador. Dr. João Byron de Figueiredo Frota nascido em Crateús em junho de 1943, filho do casal precedente iniciou sua carreia como Juiz Substituo de Coreaú, também a primeira Comarca de seu saudoso genitor a 25 de novembro de 1971, de onde obteve remoção para a Comarca de Redenção (1972 a 1979), durante a qual respondeu pelos Juízos de Pacatuba, Aracoiaba e Baturité, vindo a se tornar titular da Comarca do Ipu, de 3ª entrância na qual permaneceu (de junho de 1979 a outubro de 1983), em cujo ano alcançou por merecimento a Comarca de Fortaleza, tendo antes de adentrar neste colendo Tribunal, sido convocado por duas vezes, em substituição aos eminentes Desembargadores, José Ari Cisne, Carlos Facundo e José Evandro Nogueira Lima, tendo também judicado nas Zonas Eleitorais do Interior e da Capital, nesta como titular da Terceira. Como estudante universitário exerceu indiscutível liderança, tanto que foi secretário do Centro Acadêmico Clóvis Beviláqua - CACB de nossa Centenária Faculdade de Direito, bem como no Banco do Brasil, emprego dos mais prestigiados brasis a fora e na Presidência de nossa sempre lembrada Associação Cearense de Magistrados, por não menos de três vezes, onde se houve com proficiência e zelo, somados aos mais de 32 anos de judicatura. Ao ingressar no egrégio Tribunal de Justiça a 20 de março de 2003, passou a integrar a 1ª Câmara Cível, obtendo sucessivamente remoção para a 1ª e 2ª Câmaras Criminais. É casado com a Dr.ª Rita Enoy Machado Vale Frota, igualmente natural de Crateús, antiga “Príncipe Imperial”, de cujo consórcio nasceram três filhos, a saber: Danielle Maria Valle Frota, médica, casada com o empresário de turismo, Luís Carlos Nasser Lafuente; Isabelle Maria Valle Frota e José Olavo de Rodrigues Frota Neto, a primeira acadêmica de Direito da UFC e o último Bel em Direito pela UNIFOR. O Dr. João Byron de Figueiredo Frota é o 154º Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. D. Maria Carolina de Sabóia e Silva casada com o português Custódio José Correia e Silva acima referidos, irmã do Cel. José Baltazar Augeri de Sabóia, teve também vários descendentes na Magistratura, como se verá: Dr. Acácio Aragão de Sousa Pinto nasceu em Sobral a 2 de agosto de 1888, sendo filho de Guilhermino Augusto de Sousa Pinto, português, e de D. Amália Saboia Ximenes de Aragão. Foram seus avós paternos, Joaquim Alves de Sousa e Silva e Maria Emília Ferreira Pinto, portugueses e maternos, Manuel Cornélio Ximenes de Aragão e Francisca Cândida Saboia Ximenes de Aragão. Fez o primário em sua terra natal, sob a orientação pedagógica do Professor Joaquim de Andrade Pessoa, seguindo depois para Portugal, onde concluiu os preparatórios. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, abraçando em seguida a Magistratura. Foi por muitos anos Juiz de Direito de Nova Iguaçu, em cuja Comarca recebeu expressiva homenagem, com aposição de seu busto em bronze, no Fórum Itabaiana, com a presença de inúmeros Magistrados, Promotores e Advogados, bem como do Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do então Estado do Rio de Janeiro, Desembargador José Pelini, que na ocasião representava o Presidente da Corte, Desembargador Braga Land. Em um trecho de sua alocução disse o Desembargador José Pelini, que o Tribunal de Justiça estava todo de pé, em homenagem àquele magistrado de imorredoura memória. O Desembargador Acácio Aragão é o patrono da Biblioteca Jurídica do Fórum Itabaiana, como preito de gratidão aos seus relevantes serviços prestados à Comarca de Nova Iguaçu, por sua longa e honrada judicatura. O General Jarbas Cavalcante de Aragão, Professor Catedrático do Colégio Militar do Rio de Janeiro e autor do livro: “Colonização do Nordeste – Os Ximenes de Aragão no Ceará”, traçando o seu perfil biográfico, afirma à p. 183 de sua citada obra, ser ele um verdadeiro VARÃO DE PLUTARCO. Faleceu inupto no Rio de Janeiro a 29 de dezembro de 1967. O Desembargador Acácio Aragão de Sousa Pinto é irmão do Dr. Genserico Aragão de Sousa Pinto, ilustre médico sobralense, radicado no Rio de Janeiro, ambos já falecidos. Sua mãe era irmã de D. Regina Saboia de Aragão Mendes, avó materna do autor destas linhas, bem como de Dona Francisca Saboia de Aragão de Paula Pessoa e Estefânia Saboia de Aragão Albuquerque, respectivamente, avós de Maria da Graça de Paula Pessoa Maia, esposa do Tabelião Roberto Fiusa Maia e do Dr. José Aragão de Albuquerque Júnior, ex-Prefeito de Fortaleza, já falecido. Dr. Eugênio Marinho de Saboia. Nasceu em Sobral a 4 de junho de 1884, sendo filho de José Figueira de Saboia e Silva e de D. Carminda Marinho de Saboia. São seus avós paternos Domingos José de Saboia e Silva e Maria Clara Figueira de Saboia e maternos Manoel Marinho Lopes de Andrade e Maria Carolina de Saboia e Silva. Fez o curso primário com a Professora Rita Maria de Arruda, filha do famoso Professor Vicente Ferreira de Arruda, em Sobral e o Curso de Humanidades no Instituto Pestalozzi, no Recife. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, a 10 de janeiro de 1909, sob a direção do Dr. João Evangelista de Bulhões Carvalho. Ingressou na Magistratura no Governo do Cel. Benjamin Liberato Barroso, sendo nomeado Juiz de Direito de Massapê. Casou-se a 20 de outubro de 1917, com sua prima, Belarmina Marinho de Andrade, filha do Dr. Alfredo Marinho de Andrade e de D. Belarmina Caetana Gondim de Andrade. Faleceu em Sobral, deixando sucessão, a 8 de janeiro de 1940. O Dr. Eugênio Marinho de Andrade descende pelos lados materno e paterno, de Custódio José Correia e Silva (português e Vereador ao tempo do Império, na Câmara de Sobral) e de D. Maria Carolina de Saboia e Silva, trisavó do autor deste trabalho. O Magistrado em alusão é avô da pedagoga Belarmina Saboia Dias Lopes, casada com o Dr. José Alberto Dias Lopes, funcionário aposentado do Banco do Brasil, residentes em Sobral. Dr. Ademar Mendes Bezerra. Nasceu em Sobral, a 23 de abril de 1943, na Praça da Independência, 404, na residência de seus tios Francisco Potiguara da Frota, irmão de D. José Tupinambá da Frota, Bispo Conde de Sobral e Francisca de Aragão Mendes da Frota. Foi registrado como nascido a 26 de abril do dito ano, em Campo Grande, outrora Vila Nova D’el Rei, hoje Guaraciaba do Norte, onde foi gerado e na qual residiam os seus pais, João Bezerra de Menezes e Regina de Aragão Mendes Bezerra. Foram seus avós paternos, Francisco Bezerra de Menezes e Eugênia Martins Passos Bezerra de Menezes e maternos, o Cel. da Guarda Nacional Antônio Enéas Pereira Mendes e Regina Sabóia de Aragão Mendes. Fez as primeiras letras no Educandário São José, estabelecimento de ensino dirigido sucessivamente por D. Onorina Passos, irmã do Mons. Olavo Passos, tios da Desembargadora Águeda Passos Rodrigues Martins e D. Dinorá Thomás Ramos, poetisa e advogada, esposa do intelectual João Ribeiro Ramos, membro das Academias Sobralense e Cearense de Ciências e Letras, pais do Mons. Manfredo Ramos, bem como no Externato Rosa Gatorno, das Irmãs de Santana, tendo estudado também com a Professora Evanir Rodrigues de Araújo (Sherlock). Concluiu o Ginásio no Colégio Estadual D. José Tupinambá da Frota, sucessor do Ginásio Municipal Caiçara, tendo feito o 2º ano no Ginásio São Luís, em Pacoti, dirigido pelos Padres Salvatorianos. Fez o 1º e 2º anos do Curso Científico no Colégio Sobralense e o terceiro no Colégio Estadual Liceu do Ceará, em 1963. Em janeiro de 1965, ingressava na Secretaria da Fazenda por concurso público realizado em setembro de 1964, no Teatro José de Alencar, sob a Presidência do General Edson Ramalho, então Secretário da Fazenda do 1º Governo de Virgílio Távora. De 1965 a 1967 foi residir novamente em Sobral e ali foi Diretor Social e Presidente da Câmara Júnior Internacional, capítulo de Sobral, em substituição ao Prof. José Maximino Barreto Lima. Nesta cidade concluiu o Curso de Contabilidade e ingressou na Faculdade de Filosofia D. José, na qual cursou os dois primeiros anos. Retornando a Fortaleza em 1967, por sugestão do amigo Maximino Barreto, submete-se ao vestibular da Faculdade de Direito em 1968, colando grau em 1972. Na Secretaria da Fazenda foi membro da Auditoria Geral da Fazenda, Diretor da Divisão de Auditoria da Inspetoria Estadual de Finanças, Presidente de inúmeras Comissões de Inquérito e de Sindicância e Julgador de 1ª Instância, nas gestões dos Secretários Cláudio Martins e Josberto Romero de Barros. Participou de diversos cursos promovidos pelos Centros de Treinamento da Secretaria da Fazenda e do Ministério da Fazenda, bem assim do Curso de Técnicas de Auditagem promovido pela Escola de Administração do Ceará. Em 1974, é aprovado nos primeiros lugares no Concurso para Juiz de Direito Substituto, sendo nomeado para a Comarca de Coreaú, tomando posse a 07 de agosto do dito ano de 1974.Bacharelou-se em História, pela Faculdade de Filosofia D. José de Sobral, em 1974, (orador da turma), então agregada à Universidade Federal do Ceará, hoje integrando a Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA, de cuja Universidade foi Professor de Estudos dos Problemas Brasileiros, no curso de Ciências Contábeis. Nessa época Presidiu o Grêmio Recreativo Sobralense – Palace Clube, evitando a demolição do belo edifício e obtendo do então Governador Adauto Bezerra, a palavra de desapropriá-lo para ser a sede do Fórum Dr. José Saboia de Albuquerque de Sobral, promessa, por sinal, cumprida na sua inteireza. Respondeu pelas Comarcas de Granja, Camocim, Mauriti, Caucaia, Pacatuba, Redenção, Aracoiaba, Pacoti e Mulungu, sendo titular das de Missão Velha, São Gonçalo do Amarante, Baturité, 1ª Vara, da Vara Única das Execuções Criminais, Habeas-Corpus e Cumprimento de Precatórias de Fortaleza e posteriormente da 1ª Vara das Execuções, por força da bipartição ocorrida com a Reforma de 1994, a qual em 1998, tornou a ser Vara única. Na Comarca de Fortaleza respondeu por diversas Varas, entre as quais as de delitos de Tráfico e Uso de Substâncias Entorpecentes e nesta qualidade decretou a prisão dos traficantes envolvidos no famigerado caso dos inhames, a maior apreensão de drogas até então verificada no País. Foi Professor de Direito Civil e Processual Penal da Faculdade de Direito do Crato (1978). É Professor de Direito Processual Penal da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, desde setembro de 1986, por concurso público de provas e de títulos, no qual logrou aprovação no 1º lugar, tendo como concorrentes dentre muitos outros, os Professores Cândido Albuquerque, Simone Gadelha Cavalcante, o Desembargador Hugo Pereira, então Juiz de Direito da Fazenda Pública e a Juíza de Direito Lira Ramos. Foi Assessor da Presidência do Tribunal de Justiça em 1977, durante a Administração do Desembargador Antônio Banhos Neto. Corregedor Auxiliar da Corregedoria Regional Eleitoral, Coordenador da Propaganda Eleitoral, nos mandatos do Desembargador José Maria de Melo. No Tribunal Regional Eleitoral, foi ainda Juiz Substituto e titular por dois mandatos, nas administrações dos Desembargadores Edgar Carlos de Amorim, Ernani Barreira Porto e Francisco Haroldo Rodrigues de Albuquerque. Foi Vice Diretor do Fórum Clóvis Beviláqua durante as gestões dos Desembargadores José Ari Cisne e José Maria de Melo, além de Assessor da Presidência do Tribunal de Justiça, de 03 de fevereiro de 1997 a 02.02.1999, sob a Presidência do Desembargador José Maria de Melo. Ocupou relevantes funções de representação estudantil, seja no Centro Estudantal Sobralense, na Polícia Estudantil e no Colégio Sobralense, Faculdade de Filosofia (Vice-Presidente do Diretório) e Faculdade de Direito (Representante Estudantil junto ao Departamento de Direito Público e do Conselho Departamental, função à época da Ditadura, equivalente à de Presidente do Centro Acadêmico, extinto no Governo do Presidente Costa e Silva, salvo engano. Possui os cursos de Especialização em Direito Público e o de Mestrado pela Faculdade de Direito da UFC, bem como os de Direito Comparado pelas Universidades de Miami (1997), Complutense de Madri (1997) e de Coimbra (1998), bem como inúmeros outros cursos promovidos pela Faculdade de Direito, Escola da Magistratura, Instituo Brasileiro de Ciências Criminais, etc. É ex-Vice-Presidente da Associação Cearense de Magistrados, Presidente do Clube dos Magistrados, Tesoureiro e ex-Presidente da ACM. É membro titular e fundador do Instituto dos Magistrados do Ceará, do qual foi o 1º Orador e atualmente é o seu 2º Vice-Presidente. É Professor das Escolas Superiores da Magistratura e do Ministério Público do Estado do Ceará. Recebeu por serviços reputados relevantes, as seguintes homenagens: cidadão honorário das cidades de Coreaú, Missão Velha e Aracoiaba, diploma de honra ao mérito concedido pela Rádio Maciço de Baturité, salas com o seu nome, nos Fóruns das Comarcas de Sobral, Guaraciaba do Norte, Tianguá, Trairi, Redenção, Baturité e Maracanaú, além do Fórum da sua 1ª Comarca, Coreaú, levar o seu nome o que se verifica também com o do Edifício do Fórum da Comarca de Missão Velha. Casou-se com a sua colega de turma, Maria Angélica de Câmara Cardoso, hoje Defensora Pública do 2º Grau, filha de Theotônio de Abreu Cardoso e Adamir de Castro Câmara Cardoso, todos naturais de Baturité, a 18 de dezembro de 1975, na Paróquia de São Vicente de Paulo, sendo celebrantes os sacerdotes sobralenses: Mons. José Aloísio Pinto e Cônego José Inácio Mendes Parente. O casamento civil ocorreu no dia anterior, 17 de dezembro, no Cartório João de Deus, sendo a cerimônia presidida pelo então Meritíssimo Juiz de Direito da 2ª Vara de Família, Dr. José Maria de Melo. Do consórcio em alusão nasceram três filhos, a saber: Valéria Cardoso Mendes Bezerra, a 13 de fevereiro de 1978, Ademar Mendes Bezerra Júnior a 24 de maio de 1979 e Flávia Regina Cardoso Mendes Bezerra, a 06 de janeiro de 1982. Todos são Bacharéis em Direito e já inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil Secção do Ceará, tendo a última participado através de convênio da UNIFOR, do Curso de Direito da Universidade de Salamanca na Espanha. São seus irmãos os Drs.: Antônio Enéas Mendes Bezerra, Professor Titular da UFC e pós-graduado na Universidade de Birmingham, Inglaterra, ex-Diretor do Centro de Ciências e do Instituto de Química da Universidade Federal do Ceará, membro da Royal Society of Chemistry e da Academia Cearense de Ciências; João Alberto Mendes Bezerra, Advogado, ex-Chefe da Assessoria Jurídica da Agência Central do Banco do Nordeste do Brasil e Professor da Universidade de Fortaleza-UNIFOR, pós-graduado na Universidade de Roma; Walmick Mendes Bezerra, Médico-Veterinário, ex-presidente da EMATER-RJ e ex-Subsecretário de Agricultura do Rio de Janeiro, Diretor da Confederação Nacional da Agricultura, Membro da Academia Nacional de Agricultura e da Academia de Medicina Veterinária do Estado do Rio de Janeiro; Carlos Humberto Mendes Bezerra, Economista; Joaquim Severiano Mendes Bezerra, Economista; Mauro Mendes Bezerra, Contador e servidor aposentado do INSS (falecido), Maurício Mendes Bezerra de Menezes, ex Inspetor da Fábrica Nacional de Motores e os comerciantes Gerardo Mendes Bezerra e Francisco Mendes Bezerra, além das Senhoras Wilma Mendes Bezerra Luz, viúva do Dr. Washington Sales Luz e de Regina Maria Mendes Bezerra Maia, viúva de Caetano Martins Maia, Comerciante e Fazendeiro, residente em Nova Russas, todos com ilustre descendência.
OBS.: A família Sabóia radicada no Ceará, obviamente, não integra a casa real italiana, adquiriu dito apelido, em razão de Gabriel Augeri e Seu filho, José Baltazar Augeri serem originários do Piemonte, sede da Casa de Savóia, O Barão e depois Visconde de Sabóia, Médico do Imperador Pedro II, Dr. Vicente Cândido de Sabóia, é folho de José Baltazar Augeri de Sabóia, nascido em Aracati e radicado em Sobral, sendo o avô paterno do Dr. José Sabóia de Albuquerque, bisavô da Senadora Patrícia Lúcia Mendes Sabóia, seu nome de solteira.
Os dados abaixo foram extraídos da Internet, quanto do Livro “Dicionário das Famílias Brasileiras”, de Antônio Henrique Cunha Bueno e Carlos de Almeida Barata, bem assim da Página de Daniel Caetano de Figueiredo na Internet, ilustre estudioso da Família Sabóia, da qual faz parte, a exemplo do autor das supracitadas linhas.
Sobrenome de origem geográfica. Região da França. Em latim Sapaudia, Sabaudia [idade média]. Segundo Gatschet, o nome significa «terra dos pastos»: em patuá za-ú, dsa-ou, nos Alpes e no Jura «pastos»; para desfazer o hiato aparece um p que se transforma em b e este por sua vez em v: Sapaudia, Sabaudia, Savoia [em italiano]. Nome da antiga casa real da Itália, fundada em 1032 por Humberto Biancamano, conde de Sabóia (Antenor Nascentes, II, 269). Região alpina ocidental entre as atuais França e Itália, que do latim Sabaudia, evolui para Savoie e Savoia. O sobrenome indica habitante oriundo dessa região [Ciro Mioranza, Dic. dos sobrenomes italianos, I, 280]. Antiga e muito importante família de origem italiana estabelecida no Ceará, com ramificações por quase todos os demais estados brasileiros. Teve princípio em Joseph Baltazar Augery [c.1735, Piemonti, Itália - ?], médico, filho de Gabriel Augery e de Magdalena Bocardo. Vindo para o Brasil, estabeleceu-se em Aracati (CE), com uma fazenda de criação e plantação, que ficou conhecida por "Saco do Médico". Desconhece-se qual a razão, mas acrescentou ao seu nome de família, o de «Sabóia». Deixou numerosa descendência de seu cas., em 24.11.1760, na Capela de Sant´Ana, filial da Matriz de Russas de Jaguaribe (CE), com Jacinta Barbosa Leite [c.1740, Russas de Jaguaribe, CE - ?], filha do Tenente-Coronel Cláudio de Souza Brito, natural da Bahia, e de Francisca Nunes, natural de Russa, CE. Seus descendentes tiveram parentescos, entre outras, com as seguintes famílias: Palhano de Araújo, Dantas Ribeiro, Severiano Ribeiro, Góis, La Rocca, Frota, Jorge de Souza (v.s.), Soares de Albuquerque, Chacon, Jucá, Azulay, Saraiva, Castro e Silva, Figueira de Melo, Cavalcanti, Viriato de Medeiros, Ferreira de Albuquerque, Mendes de Vasconcelos, Pompeu de Souza Magalhães, Albertino, Fortuna, Praxedes, Gaspar de Oliveira, Queiroz, Bandeira de Melo, Jobim, Guimarães Bonjean, Schmöcker, Azambuja, Mourão, Fonseca Galvão, Dutra da Fonseca, Thomé da Silva, Pereira de Carvalho, Teixeira Belfort, Monte, Marinho de Andrade, Oliveira Gondin, Ximenes de Aragão, Quixadá, Pereira Mendes, Paula Pessoa, Albuquerque e Melo, Castelo Branco, Petit, Taylor e Quadros. Destas uniões, surgiram os seguintes ramos: Palhano Sabóia, Figueira de Sabóia (v.s.), Sabóia de Albuquerque (v.s.), Ribeiro de Assis, e Sabóia da Silva (v.s.). Entre os descendentes deste casal patriarca, registram-se: I - o filho, Dr. Luiz Carlos de Sabóia, cirurgião licenciado. Proprietário de grande terras em Independência, CE. Foi tronco da família Sabóia, de Independência e de Crateús, CE: II - o neto, o deputado, padre Domingos Carlos de Sabóia - cujos detalhes seguem na linha de batina; III - o neto, José Baltazar Augeri de Sabóia [12.7.1800, Aracati, CE - 01.08.1870], oficial da Guarda Nacional. Oficial da Imperial Ordem da Rosa. Proprietário de uma casa comercial na Praça do Mercado [atual Barão do Rio Branco]; IV - o bisneto, Antônio Firmo Figueira de Sabóia [14.10.1828, Sobral, CE - 23.01.1902], bacharel em Direito pela Faculdade do Recife, PE [26.09.1853]. Juiz de Direito de Aracati e de Sobral, ambos no Ceará. Desembargador da Relação de Fortaleza. Chefe de Polícia do Ceará e de Pernambuco. Deputado Provincial. Cavaleiro da Ordem da Rosa; V - o bisneto, Vicente Cândido Figueira de Sabóia, visconde com honras de grandeza de Sabóia - detalhes adiante; VI - o bisneto, Domingos Carlos Gerson de Sabóia [c.1837, CE], bacharel em Direito pela Faculdade do Recife [1861]. Promotor Público em Aracati, Fortaleza e Baturité. Deputado à Assembléia Provincial [1864-1869]; VII - o terceiro neto, João Pedro Figueira de Sabóia [16.11.1860, Sobral, CE - São Paulo, SP], médico. Defendeu tese sobre tuberculose, a 30.09.1884, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; VIII - o quarto neto, Padre José Palhano de Sabóia [07.05.1922, Crateús, CE - c.1988], bacharel em Direito pela Faculdade Cândido Mendes. Prefeito de Sobral [CE]. Deputado Federal. Linha de Batina: Procede grande parte da família Sabóia, do neto, o padre Domingos Carlos de Sabóia [02.06.1804, Aracati - 24.06.1862, Cascavel, CE], ordenado no Seminário de Pernambuco [1826]. Nomeado coadjutor do Vigário de Aquiraz, com residência em Cascavel. Promotor Público da recém-criada Vila de Cascavel [1833]. Vigário Colado da Freguesia de Cascavel [Ato de 11.04.1834]. Deputado provincial [1838-41 e 1846-47]. Deputado à Assembléia Geral Legislativa [1848-1851]. Deixou geração com Raimunda Carlota Coutinho. Nobreza Titular: I - o bisneto daquele casal patriarca, Vicente Cândido Figueira de Sabóia [19.04.1836, Sobral, CE - 18.03.1909, Rio de Janeiro], médico. Doutor em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro [1858]. Opositor da Seção Cirúrgica [1859]. Catedrático de Clínica Cirúrgica [1871]. Diretor da Faculdade de Medicina [1881]. Médico do Paço [1882]. Conselheiro [1884]. Comendador da Ordem de Cristo. Escreveu: Estreitamentos organicos de uretha no Homem - tese para obter o grau de doutor, Rio, 1858; Fracturas complicadas - tese de concurso à Cadeira de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 1871; Cirurgia Contempoânea, Rio; Contribuição para a cirurgia contemporânea, Rio, 1877; e Physiologia obstétrica, Rio, 1862. Foi agraciado, sucessivamente, com os títulos de barão com honras de grandeza de Sabóia [Dec. 06.02.1886]; elevado a Visconde com honras de grandeza de Sabóia [Dec. 11.04.1888]. Deixou geração do seu cas., a 08.06.1861, no Rio de Janeiro, com Luiza Marcondes Jobim [Rio, RJ - 07.07.1918, Rio, RJ], viscondessa de Sabóia, da importante família Jobim (v.s.), do Rio Grande do Sul. Filha do Senador José Martins da Cruz Jobim e de Maria Amália Noronha. Família estabelecida no Ceará. A união dos dois sobrenomes teve princípio em Custódio José Corrêa da Silva [1791, Braga, Portugal- 1879, CE], filho de Domingos José Corrêa e de Antônia de Jesus da Silva. Deixou numerosa descendência de seu cas., em 1816, Sobral (CE), com Maria Carolina de Sabóia, neta de Joseph Baltazar Augery, patriarca da família Sabóia (v.s.), no Ceará. Família estabelecida no Ceará. A união dos dois sobrenomes teve princípio em Deocleciano Ernesto de Albuquerque e Mello [c.1815, Rio Grande do Norte - ?], da importante família Albuquerque e Mello (v.s.), de Pernambuco. Deixou numerosa descendência de seu cas., c.1840, com Carolina Sancha de Sabóia, neta de Joseph Baltazar Augery, patriarca da família Sabóia (v.s.), no Ceará. Entre os descendentes do casal, registram-se: I - o filho, o Coronel Ernesto Deocleciano de Albuquerque [1841-1922], Vice-Pres. da Prov. do Ceará; II - Francisco Sabóia de Albuquerque [18.11.1896, Sobral, CE -], engenheiro civil, diplomado pela Escola Nacional de Engenharia, RJ [1920]. Engenheiro chefe das obras do porto da cidade de Fortaleza, CE. Diretor local das obras da firma Sabóia Albuquerque & Cia., para a construção de um novo ramal de The Great Western of Brazil Ry. Co. Ltd., na Paraíba. Diretor das obras da mesma firma com a Cia. Estrada de Ferro de Mossoró. Chefe de registro, em Pernambuco e Alagoas, do departamento de Obras Contra as Secas. Com geração.
Título nobiliárquico passado por Decreto de 11.04.1888, para um integrante da família Sabóia (v.s.), do Ceará. Título de origem antroponímica, tomado do sobrenome da família. Foi, anteriormente, barão com honras de grandeza de Sabóia [Dec. 06.02.1886]. Título nobiliárquico em uso por casamento. Ver família Jobim (v.s.), do Rio Grande do Sul.
Importante família estabelecida no Ceará, que teve princípio em José Baltazar Augeri de Sabóia [1800, Aracati, CE - 1870], neto de Joseph Baltazar Algery, patriarca da família Sabóia (v.s.), do Ceará. Oficial da Guarda Nacional, Oficial da Imperial Ordem da Rosa. Deixou numerosa descendência de seu cas., em 1824, Sobral (CE), com Joaquina Inácia Figueira de Melo [1803, Sobral, CE - 1873, ídem], quarta neta de Bento Figueira Pinto, patriarca da importante família Figueira de Melo (v.s.), de Ceará. Foram pais do Dr. Vicente Cândido Figueira de Sabóia [1836-1909], Médico do Paço, Cavaleiro da Ordem de Cristo. Agraciado com o título [11.04.1888] de visconde de Sabóia - ver família Sabóia. Foi casado na importante família Jobim (v.s.), do Rio Grande do Sul. Nota: ver separadamente os sobrenomes Figueira e Sabóia.
Ramo da Família Bezerra Monteiro. Importante família do nordeste do Brasil, com ramificações na Bahia, Pernambuco, Sergipee, sobretudo, na Cidade do Crato, Ceará. A união dos dois sobrenomes teve princípio em Bento Rodrigues Bezerra, bisneto de Domingos Bezerra Felpa Barbuda, patriarca da família Bezerra Monteiro (v.s.). Deixou numerosa descendência do seu casamento, c.1690, com Petronilla Velho de Menezes [n.Bahia]. Entre os descendentes de Bento Rodrigues: I - a bisneta, Joana Maria Bezerra de Menezes [29.05.1751 - 30.05.1818], matriarca dos Castro Menezes (v.s.), do Ceará; II - o bisneto, o brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro (de Menezes) [05.12.1740, CE - 1831], capitão-Mor e fundador do Juazeiro. Deixou numerosa descendência do seu casamento com Rosa Josefa do Sacramento, natural do Sergipe, filha do Capitão-Mor Simeão Teles de Menezes e de Luiza Maria da Conceição. Tornaram-se patriarcas dos Bezerra de Menezes e parte dos Teles de Menezes (v.s.), do Estado do Sergipe; III - o terceiro neto, Joaquim Antônio Bezerra de Menezes [11.10.1784, Crato, CE - 13.09.1868, idem], Capitão Mor. COR. Cavaleiro da Ordem do Cruzeiro. Juiz ordinário [08.11.1828]. Deputado estadual [1842-1845]; IV - o quarto neto, Dr. Leandro Bezerra Monteiro [11.06.1826, Crato, CE -15.11.1911, Niterói, RJ], bacharel em Direito, pela faculdade do Recife [PE-1851], deputado Geral em 3 legs. [SE, 1861, 1872; e CE, 1877]. Seus descendentes passaram ao Rio de Janeiro, estabelecendo-se em Paraíba do Sul; V - o quinto neto, Leandro de Chaves de Mello Ratisbona [01.05.1824, Crato, CE - 22.12.1900, Paraíba do Sul, RJ], bacharel em Direito, pela faculdade de Olinda [PE-1853], deputado prov. [CE]; VI - o quinto neto, Dr. José Geraldo Bezerra de Menezes [23.04.1867, Paraíba do Sul, RJ - 29.03.1935, Niterói, RJ], bacharel em Direito, pela faculdade de São Paulo [1892]. Advogou em Paraíba do Sul, região do vale do Paraíba do estado do Rio de Janeiro. Promotor Público em Aracaju [SE]. Fiscal da Inspetora de Seguros, em Niterói; VII - o sexto neto, Geraldo Montedonio Bezerra de Menezes [11.07.1915, Niterói, RJ ], filho do anterior. Advogado, diplomado pela Faculdade de Direito de Nieterói [1936]. Presidente do Centro Fluminense do Est. Jurídico e do C.A. Evaristo da Veiga. Presidente da Quinta e Segunda Junta de Concil. e Julg. do Rio de Janeiro. Procurador do Conselho Nacional do Trabalho. Presidente do Conselho Nacional do Trabalho. Ministro e Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Corregedor Geral da Justiça do Trabalho [1955-59]. Professor de Português e História do Ginásio Bittencourt da Silva e da Faculdade Fluminense do Comércio. Professor de Sociologia da aculdade Fluminense de Medicina. Professor de Noções de Direito e Legislação Social na Escola de Serviço Social do Estado do Rio de Janeiro. Catedrático de Direito Trabalhista da Faculdade de Direito de Niteróis [1957]. Diretor da Faculdade de Direito de Niterói [1957]. Membro da Academia Niteroiense de Letras; da Academia Fluminense de Letras; da Academia Cearense de Letras; do Instituto Histórico de Sergipe e do Instituto Histórico de Petrópolis. Membro do Instituto Brasileiro de Direito do Trabalho; e do Instituto de Direito do Trabalho da Universidade do Litoral, Argentina. Ainda entre os seus descendentes: VIII - o Cadete Francisco Barbosa Bezerra de Menezes, provido no posto de Alferes, para o Corpo de Auxiliares da Capitania de Pernambuco, a 29.07.1789; IX - Francisco de Assis Bezerra de Menezes [06.05.1854, CE -], filho do desembargador Assis Bezerra. Bacharel em Direito pela Faculdade do Recife [PE-1877]. Advogado e professor na Faculdade de Direito do Ceará; e X - José Augusto Bezerra de Menezes [c.1884, RN -], bacharel em Direito pela Faculdade do Recife [PE-1905]. Governador do Rio Grande do Norte [1927]. Representou o Rio Grande do Norte no Congresso nacional, em legislaturas seguidas. Nota: ver separadamente os sobrenomes Bezerra e Menezes.
[1]É irmã de Francisca Cândida de Sabóia, bisavó do autor deste trabalho, quanto de Helvécio de Paula Pessoa Sanford.
[2]O sacerdote em apreço foi aluno do Padre Gonçalo Ignácio de Albuquerque Melo, Mororó, um dos heróis da Confederação do Equador no Ceará, cujos integrantes consideraram decaída a Dinastia Bragantina, quando da Proclamação da República do Icó, donde a execução todos eles na Praça dos Mártires, ou seja, no Passeio Público em Fortaleza.
terça-feira, 15 de junho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
A referência supra à família Bezerra de Menezes, deve-se ao fato de Vicente Maria Carlos de Sabóia ter se casado com Maria Clara de Castro e Silva, filha do Capitão-Mor de Aracati, ser descendente da Matriarca dos Bezerra de Menezes da Região Jaguaribana, Joana Bezerra de Menezes, irmã de Jerônino Bezerra de Menezes, natural de Pernambuco, quanto de Francisco Bezerra de Menezes, que se casou com D. Maria Magdalena de Sá e Oliveira, a qual depois da morte deste último contraiu matrimônio com Manuel Vaz Carrasco e Silva, pai das sete irmãs, igualmente ascendente dos Sabóias, sem falar que Heráclito Fontoura de Sobral Pinto é também descendente de sobralense e integrante do clã dos Bezerra de Menezes, bem assim de Arnaud de Holanda.
Postado por Ademar Mendes Bezerra às 09:00
A referência supra à família Bezerra de Menezes, deve-se ao fato de Vicente Maria Carlos de Sabóia ter se casado com Maria Clara de Castro e Silva, filha do Capitão-Mor de Aracati, ser descendente da Matriarca dos Bezerra de Menezes da Região Jaguaribana, Joana Bezerra de Menezes, irmã de Jerônino Bezerra de Menezes, natural de Pernambuco, quanto de Francisco Bezerra de Menezes, que se casou com D. Maria Magdalena de Sá e Oliveira, a qual depois da morte deste último contraiu matrimônio com Manuel Vaz Carrasco e Silva, pai das sete irmãs, igualmente ascendente dos Sabóias, sem falar que Heráclito Fontoura de Sobral Pinto é também descendente de sobralense e integrante do clã dos Bezerra de Menezes, bem assim de Arnaud de Holanda.
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- Sou Desembargador de carreira do Tribunal de Justiça do Ceará e Professor da Centenária Faculdade de Direito da UFC.
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